Temer deve deixar rombo menor nas contas públicas para Bolsonaro
A expectativa do Tesouro Nacional é que o resultado negativo do chamado setor público seja R$ 42 bilhões menor do que o permitido pela meta
atualizado
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Com a ajuda das receitas da exploração de petróleo, a atual equipe econômica deve deixar para o governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), um rombo nas contas públicas menor do que o planejado. A expectativa do Tesouro Nacional é de que o resultado negativo do chamado setor público consolidado (que inclui União, estados e municípios, e estatais) seja R$ 42 bilhões menor do que o permitido pela meta de 2018, que admite déficit de até 161,3 bilhões.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) deve entregar um déficit pelo menos R$ 20 bilhões menor do que a meta em virtude, principalmente se os ministérios não conseguirem gastar recursos já liberados, o chamado no jargão econômico de “empoçamento”. A expectativa do governo é de que o resultado negativo fique em torno de R$ 139 bilhões.
Ainda assim, a promessa de campanha do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de zerar o déficit no primeiro ano de governo de Bolsonaro é “desafiadora”, palavra usada pelo atual secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que deverá permanecer no cargo na próxima gestão.
Resultado
Em outubro, o governo central apresentou resultado positivo de R$ 9,5 bilhões. Isso foi possível por conta das receitas do leilão de petróleo do pré-sal realizado no mês e pelo aumento do pagamento de royalties e participações da exploração de petróleo, impactada pela alta nos preços internacionais do produto.