Temer afirma que há “tentativa de desarmonizar os poderes do Estado”
A declaração ocorreu na cerimônia de anúncio das novas diretrizes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), nesta quinta-feira (6/7)
atualizado
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O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quinta-feira (6/7) que, atualmente, se verifica “muitas e muitas vezes” uma tentativa de “desarmonizar os poderes do Estado”, por parte de autoridades que se acham “iluminadas por uma centelha divina”. A declaração ocorreu na cerimônia de anúncio das novas diretrizes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no Palácio do Planalto.
“Sem embargo de a Constituição determinar a harmonia entre os poderes, o que mais se verifica, muitas e muitas vezes, é a tentativa de desarmonizar os poderes do Estado. Isso é um crime em um Estado democrático de direito, isso só passa pela cabeça daqueles que na verdade acham que são autoridades iluminadas por uma centelha divina”, criticou Temer.
Segundo o presidente, é preciso insistir em “trivialidades”, em conceitos que remontam à Revolução Francesa, “grandes conceitos no que dizem respeito ao contraditório, à ampla defesa, à seriedade das falas e das manifestações”.Temer deu as declarações durante cerimônia de anúncio de remodelações no Fies, que foi rebatizado de Novo Fies. O presidente elogiou o programa, gestado em governos anteriores, dizendo que ele “deu certo” e, por isso, está sendo “aperfeiçoado”.
G-20
O presidente embarca às 13h desta quinta-feira para o encontro da cúpula do G-20, que reunirá autoridades das 20 maiores economias do mundo em Hamburgo, na Alemanha, nesta sexta (7). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), deverá assumir a chefia do Executivo nacional. Isso porque o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), primeiro na linha sucessória, cumprirá agenda na Argentina.
Temer viaja na mesma semana em que começou a tramitar, na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara, a denúncia por corrupção passiva apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autoridade cuja atuação vem sendo questionada pelo presidente.