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Temer admite dificuldade em votar reforma da Previdência ainda em 2017

Sem garantia dos votos necessários, governo trabalha com a possibilidade de deixar o assunto para o começo do ano que vem

atualizado

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Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governo federal tenta aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017. A vontade, no entanto, parece não ser suficiente. No Planalto, a avaliação é a de que no momento não há os 308 votos necessários para colocar a proposta em análise na Câmara dos Deputados. A dificuldade no calendário — restam apenas três semanas para o encerramento do ano legislativo — deve fazer Michel Temer adiar os planos.

Na melhor das hipóteses para o governo, a reforma da Previdência pode ir à votação em fevereiro. O presidente não quer correr o risco de levar a pauta ao plenário e ser derrotado, o que certamente causará reações no mercado e no cenário político. Em 2018, ano eleitoral, o assunto deixará deputados e senadores ainda mais incomodados, uma vez que a imagem de ser “contra os aposentados” ninguém quer ter.

As votações apertadas para o governo também acendem o sinal vermelho. Na quinta-feira (30/11), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) declarou que “ainda faltam muitos votos”.

Última tentativa
No domingo (3/12), o presidente Temer vai reunir ministros e líderes de partidos para fazer um raio-x de quem está ao lado do governo na votação da reforma. O encontro, marcado para o período da tarde – ainda sem horário definido –, ocorrerá na casa de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Será a última tentativa para votar a proposta na semana do dia 11 de dezembro.

Devem participar do encontro os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marco Pereira; dos Transportes, Maurício Quintella; das Cidades, Alexandre Baldy; e da Casa Civil, Eliseu Padilha. O secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, também participará da reunião, segundo o Palácio do Planalto.

Entre os presidentes de partidos, são aguardados no encontro os dirigentes do PMDB, PP, PSD, DEM, PRB, PTB, Solidariedade e PSC. O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE); o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP); e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também estão na lista de convidados.

Assim como foi feito na véspera da votação da segunda denúncia contra Temer na Câmara, o governo fará um levantamento entre os parlamentares de partidos da base para saber quantos votos têm pela reforma. O último dia de atividades no Congresso antes do recesso parlamentar é 22 de dezembro.

Na semana que vem, o governo se mobilizará para obter os votos que faltam para fechar os 308 necessários para aprovar a reforma na Câmara com diversas estratégias: conversas diretas de Temer com deputados e atuação dos líderes da base aliada para convencer os indecisos.

Derrota
Temer sofreu outra derrota fora do Congresso. Todos os anúncios da campanha a favor da refroma, intitulada “Combate aos Privilégios”, foram suspensos, conforme determinação da juíza federal Rosimayre Gonçalves de Carvalho, da 14ª Vara da Justiça Federal do DF. A juíza criticou o governo por não apresentar dados objetivos e alertou para os riscos de a opinião pública ser “manipulada” frente a um tema “tão relevante”. (Com informações da Agência Brasil)

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