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Telegram e TSE discutem acordo para impedir desinformação nas eleições

A participação do aplicativo no programa de combate à desinformação foi cobrada em três ocasiões pelo tribunal

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Foto de celular com app do Telegram aberto. Sobreposto, holograma verde que mostra radar e mapa-mundi - Metrópoles
1 de 1 Foto de celular com app do Telegram aberto. Sobreposto, holograma verde que mostra radar e mapa-mundi - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Telegram no Brasil, se reuniram, nesta quinta-feira (24/3), para discutir formas de combater desinformações acerca das eleições na rede social. No dia 17 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da rede social no Brasil.

Segundo comunicado da Corte, participaram da reunião, membros da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), a secretária-geral da Presidência, Christine Peter da Silva; a juíza auxiliar Flávia da Costa Viana, da Assessoria Consultiva (Assec); José Gilberto Scandiucci, da Assessoria de Assuntos Internacionais; e o juiz auxiliar da Vice-Presidência, Marcos Vargas.

Durante o encontro, foi apresentado o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que terá papel fundamental no combate às fake news relacionadas ao pleito.

Além disso, também foi selada a parceria entre o Telegram e o TSE, para combate efetivo a comportamentos de divulgações falsas. Foi enviado para o Telegram, por e-mail, o Termo de Adesão ao Programa de Enfrentamento à Desinformação, cujo objetivo é combater fake news relacionadas especialmente ao sistema eletrônico de votação e a todas as fases do processo eleitoral.

O representante da rede social Alan Thomaz salientou que a plataforma está empenhada no combate à desinformação. Ele frisou a importância da abertura desse canal de diálogo e destacou o compromisso do Telegram no enfrentamento das notícias falsas.

Bloqueio pelo STF

No dia 17 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da rede social no Brasil.

A decisão foi resposta a um pedido elaborado pela Polícia Federal, que justificou a demanda ao afirmar que o app é “notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais”.

No domingo (20/3), porém, a decisão foi revogada após a empresa cumprir todas as determinações da Corte, que incluíam a exclusão de conteúdos publicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e a nomeação de um representante legal no Brasil.

O Telegram designou Alan Campos Elias Thomaz como representante no país.

“Alan tem experiência anterior em funções semelhantes, além de experiência em direito e tecnologia, e acreditamos que ele seria uma boa opção para essa posição enquanto continuamos construindo e reforçando nossa equipe brasileira […]”, disse a empresa ao STF.

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