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Teich sobre Covid-19: “Qual vai ser o pico? Não sei e ninguém sabe”

Em audiência com senadores, ministro classificou de “suposições” quaisquer estimativas sobre ápice da doença no país

atualizado

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Ministro da saúde, Nelson Teich, em coletiva de imprensa em 28/04
1 de 1 Ministro da saúde, Nelson Teich, em coletiva de imprensa em 28/04 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou, em teleconferência com senadores nesta quarta-feira (29/04), que não é possível prever quando o Brasil atingirá o ápice de casos da Covid-19. Para ele, cravar qualquer data é “simplesmente suposição”.

“O que a gente está fazendo hoje é desenvolver um banco de dados que permita que a gente, em algum momento, entenda isso (o real cenário da doença). Quando vai ser o pico? Não sei e ninguém sabe. Datas hoje são simplesmente suposições em cima de modelos”, declarou, acrescentando que, se ele definisse um pico, seria cobrado como se fosse uma “promessa”.

Teich disse ainda que, por não haver informações suficientes sobre o nível de imunização da população e sobre quanto tempo duraria esta imunidade, não é possível descartar que haja uma segunda onda de casos. “Os números não são precisos, o que deixa em alerta para a possibilidade.”

Ele também se recusou por diversas vezes a determinar com clareza que orientação de isolamento social irá adotar e não quis criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto às vítimas da Covid-19 e à estratégia de combate ao novo coronavírus.

Sustentando que, sem dados mais amplos sobre o cenário da doença no país, o Ministério da Saúde não vai alterar suas diretrizes, Teich admitiu, contudo, que um novo modelo de quarentena que dependa do perfil das pessoas e da evolução da Covid-19 nos estados –os governadores, inclusive, poderão modelar a diretriz “dentro da sua realidade” – está no radar.

O distanciamento social geral, sustentou, é necessário quando não se tem um panorama claro de qual a parcela da população que de fato tem a doença, sobre a transmissibilidade do coronavírus, a confiabilidade dos testes, a eficácia de possíveis remédios ou vacinas, entre outros fatores. “A gente não sabe qual o percentual da sociedade que está acometido pela doença. Sem esse conhecimento, você está literalmente navegando às cegas”, pontuou.

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