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Tebet vê decisão sobre Selic sem surpresa e defende esforço do governo

Ministra Simone Tebet disse que a manutenção da taxa Selic em 13,75% já era esperada e afirmou que o governo está no caminho certo

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
A cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Na foto, a ministra aparece diante de bandeiras do Brasil - Metrópoles
1 de 1 A cerimônia de posse da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Na foto, a ministra aparece diante de bandeiras do Brasil - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quinta-feira (23/3) que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a Selic, já era esperada e não houve surpresa entre integrantes do governo federal. Na quarta (22/3), mesmo sob pressão, o Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano. Com isso, a taxa permanece no maior patamar desde 2016, na quinta manutenção consecutiva.

Tebet indicou que espera que a ata, documento que detalha a decisão do órgão, venha “imparcial e justa” com a situação brasileira.

“Não houve surpresa em relação à manutenção da taxa em 13,75%, nós já esperávamos isso, ainda que não quiséssemos isso, mas já esperávamos. Vamos aguardar a ata, porque também como foi da outra vez o comunicado, a meu ver, saiu muito mais apertado do que prevíamos. Então, vamos aguardar ata, que venha de forma imparcial e justa com o Brasil, trazendo obviamente os fatores externos que levaram o Banco Central a manter a taxa em 13,75%, mas também reconhecendo os fatos”, disse Tebet à imprensa. Ela participa, na manhã desta quinta, de um seminário sobre gestão pública, em Brasília.

Em seguida, a ministra afirmou que o governo está empreendendo esforços para conter os gastos públicos e apresentar programas sociais tendo em vista a responsabilidade fiscal.

“Os fatos mostram através da imprensa e de vocês todo o esforço que o governo federal está fazendo, não só a Fazenda, o Planejamento, a Gestão, os demais ministérios setoriais para que possamos conter os gastos públicos, apresentar projetos sociais relevantes, mas com responsabilidade fiscal.”

Por fim, Tebet disse confiar que a equipe econômica está no caminho certo e sinalizou que a próxima reunião do Copom pode indicar uma redução na taxa básica de juros.

“Eu confio na equipe econômica e confio que nós estamos no caminho certo. E que até maio, quando tiver a nova reunião do Copom e a nova ata, nós temos condição, apresentando um bom arcabouço fiscal, evoluindo nas tratativas e também no processo legislativo da reforma tributária, além de outros atos, nós temos condições de mostrar – independente de fatores externos – que o ambiente interno econômico do Brasil está melhorando e consequentemente teremos condições, se assim decidir o Banco Central, baixar a taxa de juros.”

Haddad critica decisão

Ainda na noite de quarta-feira, horas após o anúncio do BC, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão como “preocupante”.

“Considerei o comunicado [do Banco Central sobre a taxa de juros] preocupante, muito preocupante, porque hoje nós divulgamos o relatório bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal, mostrando que as nossas projeções de janeiro estão se confirmando”, argumentou Fernando Haddad.

O ministro frisou que a taxa de juros brasileira é hoje “a mais alta do mundo”. Para Haddad, a não apresentação do arcabouço fiscal — conjunto de regras para impedir o desequilíbrio das receitas públicas — não é responsável pela decisão do BC.

“Acredito que não [influenciou] porque, pela PEC da Transição, a apresentação do arcabouço estava prevista para agosto. Me comprometi a entregar junto com a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] para o Congresso Nacional, e a divulgação estava prevista para março e ocorrerá logo depois da nossa visita à China. Então, isso não pode ter sido parte das considerações do Copom nesse momento”, afirmou o chefe da Fazenda.

Segundo Haddad, o governo “fará chegar” ao Banco Central o entendimento que tem da economia e as preocupações com a taxa de juros.

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