Tebet sobre anestesista preso por estupros: “É preciso dar um basta”
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet classificou caso de estupro de pacientes como “repugnante”
atualizado
Compartilhar notícia
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, usou as redes sociais, nesta segunda-feira (16/1), para repudiar o caso envolvendo o médico anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo. Ele foi preso acusado de estuprar pacientes, no Rio de Janeiro, e armazenar conteúdo de pornografia infantil.
Em seu perfil no Twitter, Tebet classificou o episódio como “mais um caso repugnante de violência sexual contra as mulheres” e disse ser preciso “dar um basta”.
“Em 2022, apresentei um projeto de lei no Senado Federal que aumenta a pena e considera estupro de vulnerável o abuso sexual praticado contra pacientes em hospitais. Punição severa aos agressores! Minha solidariedade às vítimas neste momento difícil”, prosseguiu.
Mais um caso repugnante de violência sexual contra mulheres. Um anestesista colombiano foi preso no RJ acusado de estuprar pacientes sedadas em cirurgias, além de gravar e armazenar o conteúdo, inclusive de pornografia infantil. É precisar dar um basta! +
— Simone Tebet (@simonetebetbr) January 16, 2023
Entenda o caso
Preso pela manhã, Carrillo admitiu em depoimento à polícia ter abusado das mulheres e armazenado pornografia infantil. Na declaração, o anestesista afirmou que esperava a “melhor hora [momento em que estava sozinho] e aproveitava” para “esfregar seu pênis nas pacientes”.
Segundo a polícia, o homem afirmou nunca ter abusado sexualmente de crianças, “mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”.
“O declarante não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”, acrescenta o termo de declaração obtido pelo portal.
Investigação
As investigações apontam que o médico mantinha mais de 20 mil arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes em seus computadores. De acordo com a polícia, havia registros que incluíam bebês com menos de 1 ano.
Além de armazenar imagens de crianças, o anestesista filmava e colecionava conteúdos sobre estupros contra pacientes anestesiadas em procedimentos cirúrgicos em hospitais públicos e particulares do Rio de Janeiro. O caso é investigado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).
“A partir de agora, a polícia espera avançar nas investigações, levantando todas as unidades nas quais o médico trabalha, e encontrar novas possíveis vítimas. A captura ocorreu após ações de inteligência e monitoramento pela equipe da DCAV. Todos os materiais apreendidos com o suspeito serão analisados”, informou a Polícia Civil.