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Tebet diz sofrer mais pressões de liberais do que do PT

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet disse que trabalha com governo Lula “na convergência”

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Simone Tebet (MDB) e Lula (PT) confraternizam durante a campanha presidencial de 2022 - Metrópoles
1 de 1 Simone Tebet (MDB) e Lula (PT) confraternizam durante a campanha presidencial de 2022 - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse, nesta sexta-feira (1º/9), que se sente mais pressionada pelos liberais do que por alas divergentes do partido do presidente Lula, o PT.

“Eu sinto a pressão pela ala dos liberais, que me veem como aquela que tem condições de contribuir num equilíbrio na discussão da economia entre os liberais e os heterodoxos. Então, às vezes, eu sinto mais a pressão nesse lado”, afirmou Tebet em entrevista à BandNews.

A ministra, que já foi senadora pelo MDB do Mato Grosso do Sul, se classificou como uma pessoa de centro e disse ter dificuldade de dialogar apenas com os extremos. “Eu só não consigo dialogar com a extrema direita e com a extrema esquerda, porque a meu ver elas se encontram lá atrás. Elas são irmãs siamesas na ideia de governo autoritário e ditatorial.”

Ex-candidata a presidente da República, Tebet também reforçou que faz parte de um governo de “frente ampla” e não do PT. Ela se disse bem acolhida pela equipe econômica e pelo grupo político do presidente Lula, apesar de pensar diferente em alguns aspectos. “Nós trabalhamos na convergência”, frisou.

Orçamento de 2024

A respeito do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, apresentado na quinta-feira (31/8), Tebet reforçou o compromisso do governo com a meta de déficit fiscal zero.

Segundo ela, com base nas despesas contratadas e nas receitas consolidadas, não há razão para se mudar a meta agora, apesar de se revelar uma tarefa difícil, mas salientou: “Não temos problema em discutir a meta em qualquer momento”.

Tebet ainda disse que agora não é o momento de se discutir corte de despesas, pois o país saiu da pandemia com um “déficit social”. “Não temos que falar de cortes de gastos públicos esse ano”, disse.

Por fim, ela afirmou que o momento de tratar da reforma administrativa possivelmente será após a aprovação da reforma tributária. E defendeu que essa reforma seja tratada em parceria e sintonia com o Congresso Nacional.

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