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TCU corta anúncios virtuais do Banco do Brasil e determina regulação

Banco se envolveu com polêmica após anunciar em site acusado de ser distribuidor de fake news

atualizado

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O Tribunal de Contas da União (TCU) proibiu na tarde desta quarta-feira (27/05) que o Banco do Brasil anuncie em sites que sejam suspeitos de compartilhar notícias falsas. A determinação é do ministro Bruno Dantas e abarca toda a publicidade on-line da empresa pública até que se regulamente onde pode investir em publicidade virtual.

A decisão atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) após o banco público se envolver em polêmica com um site acusado de distribuir fake news. Alertado por um perfil que expõem o financiamento a distribuidores de notícias falsas e desinformação, o BB interrompeu os anúncios, mas voltou a investir na página após pressões de pessoas ligadas ao governo, como o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.

“Não é legítimo que um ente público financie sites acusados de propagar notícias falsas”, decidiu Dantas, em liminar. “Que seja imediatamente suspensa a monetização, pelo Banco do Brasil, do site apontado na representação do Ministério Público de Contas e de outros possíveis criadores e disseminadores de notícias falsas”, diz outro trecho da decisão.

Com isso, o TCU determinou a interrupção dos contratos do banco com sites, blogs e redes sociais até que haja uma regulamentação para decidir que veículos podem receber verbas públicas por meio de anúncios.

Para o ministro Bruno Dantas, como há “necessidade de autorregulamentação do setor”, “ela deve ser feita pela Controladoria-Geral da União, deverá contar obrigatoriamente com a participação de outros órgãos públicos, em especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, da Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal e do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, bem como de entidades da sociedade civil, tais como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (ABRAJI), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), Associação Nacional das Editoras de Revistas (ANER), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e o Instituto Palavra Aberta”.

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Empresas responderam a denúncias e prometeram rever políticas
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Financiamento de fake news

O perfil no Twitter chamado Sleeping Giants tem feito sucesso ao expor os anúncios de grandes empresas em páginas acusadas de produzir e distribuir desinformação. Assim como o BB, outras interromperam a publicidade após serem alertadas pelo perfil.

O movimento motivou uma reação da militância virtual bolsonarista, que acusa o perfil de criminalizar a mídia alternativa conservadora.

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