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TCU avalia fazer inspeção no Ministério da Saúde após caso Covaxin

Corte quer saber o real teor das negociações na compra da vacina indiana contra a Covid-19. Respostas da pasta foram “insuficientes”

atualizado

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1 de 1 tcu brasilia - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Com a repercussão das denúncias de superfaturamento no contrato de compra da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Tribunal de Contas da União (TCU) avalia fazer uma inspeção no Ministério da Saúde.

O ministro responsável pelo caso, Benjamin Zymler, pedirá novas diligências na pasta. As informações foram reveladas pela colunista Bela Megale, do jornal O Globo, e confirmadas pelo Metrópoles.

A medida pode ser tomada após auditores da Corte considerarem que as informações prestadas pelo Ministério da Saúde foram “insuficientes”.

Para a realização das novas diligências, é necessário uma solicitação da área técnica de auditores, que deve chegar em breve para Zymler.

O contrato de aquisição da Covaxin virou o centro de uma polêmica após suspeitas de superfaturamento no preço proposto pela empresa fabricante.

Documentos obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid indicam possível superfaturamento na aquisição do imunizante. O valor contratado pelo governo federal, de US$ 15 por vacina (R$ 80,70), ficou acima do preço inicialmente previsto pelo laboratório Bharat Biotech, de US$ 1,34 por dose.

“Pressão”

O servidor Luis Ricardo Miranda, chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, disse ao Ministério Público Federal (MPF) ter sofrido “pressão incomum” de outra autoridade da pasta para assinar o contrato com a empresa Precisa Medicamentos, que intermediou o negócio com a Bharat Biotech.

Luis Ricardo e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), depõem nesta sexta-feira (25/6) na CPI da Covid no Senado.

A compra de 20 milhões de doses consta no calendário oficial de entregas para 2021. A vacina indiana está no cronograma desde 17 de fevereiro. Ao todo, o governo estima desembolsar R$ 1,6 bilhão com as doses.

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