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Tchau, querida! No que depender da bancada do DF, Dilma não volta

O Metrópoles conversou com os três senadores do Distrito Federal e, pelo menos dois deles, seguem convictos de que a presidente cometeu crime de responsabilidade

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FOTOS: WALDEMIR BARRETO/ JEFFERSON RUDY/ AGÊNCIA SENADO
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No que depender da bancada de senadores do Distrito Federal, Dilma Rousseff não vai voltar ao Palácio do Planalto. Petistas queriam mudar o voto dos parlamentares na etapa final do impeachment. Apesar do “namoro”, José Reguffe (sem partido) e Hélio José (PMDB) garantiram ao Metrópoles que continuam favoráveis ao afastamento da presidente. Cristovam Buarque (PPS) é o único indeciso do trio.

O entendimento do Partido dos Trabalhadores (PT) é que as medidas anunciadas pelo governo interino de Michel Temer, com cortes no serviço público, nos concursos e os arrochos da reforma da Previdência, contrariam interesses do eleitorado brasiliense de classe média. Essa avaliação, no entanto, não é compartilhada inteiramente pelos senadores.

Hélio José esteve recentemente com lideranças do setor produtivo do DF, como a Sinduscon, que representa a construção civil, e relata que os empresários estão otimistas com o novo governo.

“As medidas econômicas anunciadas até agora parecem ter influenciado positivamente a economia”, destacou Hélio José. Por isso, ele afirma que pretende seguir a orientação do seu partido, o PMDB de Michel Temer, e votar pelo afastamento definitivo de Dilma Rousseff.

Reguffe, que foi o senador mais votado do DF, afirmou que segue favorável ao impedimento de Dilma Rousseff.

O ex-governador Cristovam Buarque acredita que é necessário fazer uma leitura jurídica do processo e verificar se a presidente, de fato, cometeu crime. Sob pressão da base eleitoral, o senador foi chamado de golpista em um evento no Ceará, ele ainda não firmou uma opinião definitiva sobre o tema

“Estou embasando juridicamente o meu voto, mas obviamente o julgamento também vai levar em conta o conjunto da obra. Ninguém vai mudar o seu voto se Dilma não disser como pretende governar sem maioria caso retome o posto. Ninguém vai votar pelo caos

Cristovam Buarque

Sobre Temer, ele acha que ainda é cedo para ter uma opinião sobre o seu trabalho, entretanto, ficou contrariado com a proposta de desvincular gastos referentes à educação, sua principal bandeira, levadas ao Congresso pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Novas eleições
A estratégia montada pela equipe da presidente Dilma Rousseff de tentar barrar o impeachment através da proposta de fazer novas eleições esbarra na imagem de má cumpridora de acordos que ela acumulou ao longo do seu mandato. Segundo Hélio José, a ideia pode ter alguma ressonância na Casa, porém, os senadores já não acreditam na palavra da presidente afastada. “Sabe aquela história do gato escaldado que tem medo de água fria?”, comparou.

Cristovam, por sua vez, avaliou que a ideia é interessante, mas que necessitaria de cooperação com Michel Temer, já que não haveria uma mecanismo legal que permitisse novas eleições sem a anuência do vice. “Se os dois se unissem nessa proposta, fariam um grande serviço ao país”, afirmou.

 

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