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Supersalários: jetons pagos a militares aumentam 17,9% no ano da pandemia

A verba é adicionada à remuneração mensal por participação em reuniões extras do governo. Em 2020, foram gastos mais de R$ 8 milhões ao todo

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Presidente Jair Bolsonaro durante enentos com militares brasileiro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro durante enentos com militares brasileiro - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Em um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus e consequente declínio no poder aquisitivo de boa parte da população brasileira, uma casta de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) viu os seus vencimentos aumentarem. Trata-se dos militares com cargos no governo que, paralelamente ao salário, recebem os chamados “jetons“, que são valores pagos para funcionários governamentais participarem de reuniões e conselhos.

Na comparação dos meses de janeiro a junho de 2019 e 2020, os jetons pagos a militares tiveram um aumento de 17,9%, evoluindo de R$ 307.399,21 para R$ 362.495,90 no total.

A verba é uma das principais razões para a existência de supersalários dos funcionários, visto que muitos vencimentos, após o acréscimo, ultrapassam o teto salarial do funcionalismo público, que é calculado tendo como base o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O benefício é pago pela participação dos funcionários em reuniões de estatais e entidades governamentais e pela atuação nos conselhos de administração de empresas e bancos públicos, como a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, BNDES, além de organizações do Sistema “S”.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro entre oficiais do Exército
PF investiga relação de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas
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Ao longo do ano, o governo pagou R$ 8.243.875,97 com verbas extras para esses casos. Isso representa uma queda de aproximadamente 17% na comparação com o ano passado, quando foram feitos pagamentos que totalizaram R$ 9.967.128,58.

Os números foram levantados pelo Metrópoles com base nos dados disponibilizados pelo governo no Portal da Transparência. O período em que mais se disponibilizou a renda adicional aos militares foi em janeiro, com R$ 75.013,04, seguido de maio e fevereiro, quando foram desembolsados R$ 74.370,89 e R$ 73.006,46, respectivamente.

Depois, os servidores ligados às Forças Armadas tiveram maior rendimento suplementar em março e abril, quando foram destinados R$ 70.559,29 e R$ 69.546,22 da União para os pagamentos. Em junho, não houve jetons à categoria, assim como no ano anterior.

Servidores civis

O volume de jetons pagos a servidores civis comissionados representa 68% do total. A categoria acumulou R$ 7.881.380,07 nos primeiros seis meses de 2020, com maior quantia em verba extra aplicada em fevereiro, no valor de R$ 1.360.114,3.

Na sequência, os meses em que os trabalhadores mais receberam o benefício foi em junho, com R$ 1.338.316,32. Ainda entre os civis,  janeiro ficou em terceiro como o mês de mais altos rendimentos pagos, com R$ 1.335.881,88, além dos R$ 1.309.272,84 e R$ 1.282.973,27 suplementares em abril e maio, respectivamente.

A Presidência da República foi procurada para informar as razões de o grupo de militares terem aumentado o seu rendimento, mas não se posicionou até a última edição desta reportagem. O espaço continua aberto.

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