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“Superpedido” de impeachment contra Bolsonaro será entregue no dia 30

Texto inclui parlamentares e entidades das mais variadas correntes ideológicas e reúne acusações apontadas em mais de 100 pedidos prévios

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Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 2
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro , durante apresentação das ações para desburocratização e atração de investimentos para setor de turismo 2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Está marcada para a próxima quarta-feira (30/6), às 14h, a entrega na Câmara dos Deputados do chamado “superpedido de impeachment” do presidente Jair Bolsonaro. A data foi definida nesta quinta-feira (24/6) em uma reunião ampliada.

A petição, que, para ganhar tramitação, depende de decisão do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), é assinada por parlamentares de direita, de esquerda e de centro, e conta com apoio de movimentos sociais, entidades de classe, religiosos e estudantes, além de pessoas de diferentes correntes ideológicas que assinam individualmente o documento.

Além disso, o superpedido inclui o conjunto de acusações presente em outras solicitações de processo de afastamento já apresentados contra o atual presidente da República.

Hoje, estão na gaveta de Lira mais de 100 pedidos de impeachment de Bolsonaro.

De acordo com informações repassadas pelo PT, a maior parte dos crimes relatados teriam sido cometidos pelo mandatário durante a pandemia. No entanto, há também denúncias ocorridas antes, referentes a ataques à democracia, violência contra mulheres, agressões a jornalistas, interferência na Polícia Federal e em órgãos de controle com o Coaf, por exemplo.

Entre parlamentares que assinam o pedido e integram a frente estão desde ex-bolsonaristas, como Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joyce Hasselmann (PSL-SP) a estrelas da esquerda, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), passando por liberais como Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL. Além deles, também participa do grupo o presidente do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire (SP).

“Crimes não faltam”

Partidos que formalizaram presença na frente estão até o momento PT, Psol, PCdoB, PSB, PDT, Unidade Popular (sem representação na Câmara), PCO (sem representação na Câmara) e Rede.

De acordo com o líder do PT, deputado Euvino Bhon Gass (RS), o critério utilizado reunir o grupo foi o de verificar quem já havia apresentado outros pedidos de impeachment, independente da coloração partidária. “Crimes não faltam, embora o presidente da Câmara, Arthur Lira, tenha dito que não. Resolvemos reunir todos que apresentaram pedidos para tirar esse genocida do poder, independentemente do partido”, disse o líder, ao Metrópoles.

Também integram o grupo à frente da organização do pedido e da mobilização entidades como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), Movimento Brasil Livre (MBL), Federação Nacional de Estudantes de Direito (Fened), Coalização Negra por Direitos, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), Coletivo de Favelas, Central de Movimentos Populares (CMP), União Nacional dos Estudantes (UNE), Coletivo de Advogados e Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outras.

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Grupo de parlamentares quer a criação de uma CPI para apurar superfaturamento na compra de vacinas

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