Subprocurador: Gleisi e Bernardo tinham ciência de esquema criminoso
A senadora e o ex-ministro são investigados por suposto recebimento de R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a estatal
atualizado
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O subprocurador-geral da República Paulo Gustavo Gonet disse nesta terça-feira (27/9) que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, tinham “plena ciência” do esquema criminoso instalado na Petrobras e da “origem espúria dos recursos que receberam”.
Gleisi e Bernardo são investigados por suposto recebimento de R$ 1 milhão de propina de contratos firmados entre empreiteiras e a estatal. O dinheiro teria sido usado para abastecer a campanha eleitoral dela em 2010. O casal nega a acusação. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga na tarde desta terça-feira o recebimento da denúncia contra Gleisi e Bernardo. Caso os ministros decidam receber a peça feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR), eles tornam-se réus na Operação Lava Jato.“A denúncia descreve fatos. A denúncia é rica em pormenores do que o procurador-geral da República imputa aos denunciados. Ela está confortada em elementos de convicção suficientes para que a denúncia seja recebida”, disse Gonet. “Os denunciados tinham plena ciência do esquema criminoso e da origem espúria dos recursos que receberam”, ressaltou.
De acordo com ele, o engenheiro e ex-diretor de Abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa esperava colher apoio de Gleisi e Bernardo “para permanecer nas suas funções” na empresa. “(Costa) Confiava na importância do casal dentro do partido que governava o País; ele, ministro de Estado e ela, provável senadora”, afirmou o subprocurador-geral da República.