STJ cobra justificativa de Ministro da Justiça sobre ameaças à PF
Ele tem 72 horas para explicar entrevista. Quando tiver com as informações em mãos, ministra do Superior Tribunal de Justiça irá tomar uma decisão
atualizado
Compartilhar notícia
A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães determinou, nesta terça-feira (22/3), que o ministro da Justiça, Eugênio Aragão, preste informações sobre a ação em que o PPS pede a nulidade da posse dele no cargo.
Agora, ele tem 72 horas para se manifestar. Assusete determinou também que a Advocacia-Geral da União (AGU) se pronuncie. Quando tiver com as informações em mãos, ela irá tomar uma decisão.
Entenda o caso
Nessa segunda-feira (21/3), o PPS impetrou um mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, contra uma possível substituição de agentes da Polícia Federal pelo ministro da Justiça, Eugênio Aragão.
Na ação, o PPS cita a entrevista dada pelo ministro ao jornal Folha de São Paulo, no último sábado (19/3), na qual, segundo o partido, é revelada “uma indevida interferência na autonomia de investigação da Polícia Federal”.
“Isso porque a troca de equipes de policiais federais ocorreria, de acordo com as declarações da autoridade apontada como coatora, diante do mero ‘cheiro de vazamento’, situação que ofende a mais comezinha noção de devido processo legal”, lê-se na justificativa da ação.
Com o mandado de segurança, o PPS quer evitar o afastamento “sumário, pela autoridade coatora (ministro da Justiça), de qualquer delegado ou agente da Polícia Federal das atividades da investigação em que esteja envolvido, mesmo em caso de suspeita de vazamento de informações, senão após a instauração do competente processo administrativo disciplinar”.
Com informação de agências