metropoles.com

STF rejeita pedido do PSOL contra benefícios a Cunha após afastamento

Em decisão, o ministro Teori Zavascki reconheceu que as vantagens são prerrogativas legais que podem ser mantidas durante o tempo em que durar a ordem da Corte de mantê-lo longe do cargo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
Coletiva do deputado Eduardo Cunha após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato parlamentar – Brasília – DF 05/05/2016
1 de 1 Coletiva do deputado Eduardo Cunha após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato parlamentar – Brasília – DF 05/05/2016 - Foto: Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou uma reclamação do PSOL contra benefícios mantidos pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mesmo após seu afastamento. O ministro reconheceu que as vantagens são prerrogativas legais que podem ser mantidas durante o tempo em que durar a ordem da Corte de mantê-lo longe do cargo.

Segundo o PSOL, as despesas mensais de Cunha chegam a mais de R$ 541 mil mesmo fora da Câmara. A legenda questionava as garantias de uso de residência oficial, segurança pessoal, transporte aéreo e terrestre e alegava que a manutenção das prerrogativas do peemedebista é uma afronta e descumpre a decisão do STF de suspender o seu mandato.

De acordo com o ministro, a decisão do Supremo de afastar Cunha “em momento algum tratou de tais questões; limitou-se, com efeito, a suspender o exercício do mandato eletivo e da função de Presidente da Câmara dos Deputados, com a finalidade precípua de garantir a incolumidade das investigações criminais relativas ao parlamentar”.

A decisão da Mesa Diretora da Câmara de autorizar gastos “extras” ao peemedebista ocorreu após o afastamento da presidente Dilma Rousseff, com o entendimento de que Cunha receberia o mesmo modelo das prerrogativas oferecidas à petista. Os adversários dele defendiam que, como não foi cassado, ele deveria continuar recebendo apenas o salário de parlamentar, de R$ 33,7 mil.

Prisão
No pedido de prisão preventiva contra Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que alguns dos benefícios garantidos ao parlamentar sejam suspensos. Ele critica o direito ao uso da residência oficial, de carros e aviões oficiais, além do aparato de segurança e de servidores da Casa.

O pedido, que se tornou público nesta semana, ainda não foi avaliado por Teori. Como vazamento do caso, o ministro determinou que a defesa do parlamentar se manifeste antes de decidir sobre o assunto. Caso a prisão não seja autorizada, Janot apontou medidas alternativas, como adoção de uma espécie de prisão domiciliar contra Cunha, com uso de tornozeleira eletrônica e “recolhimento” durante o período de funcionamento da Câmara.

O procurador-geral da República também pede que o peemedebista seja proibido de manter contato, pessoal, telefônico, por mensagem ou e-mail com parlamentares, ministros, servidores da Câmara e qualquer investigado ou réu na Operação Lava Jato.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?