STF nega pedido de Flordelis para barrar sessão que votará cassação
A votação está prevista para esta quarta-feira (11/8). Deputada afastada é suspeita de mandar matar o marido Anderson Gomes em 2019
atualizado
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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia negou o pedido da defesa de deputada federal Flordelis (PSD-RJ) para suspender sessão da Câmara que decidirá a cassação ou não de seu mandato.
A votação está prevista para esta quarta-feira (11/8). Cármen Lúcia não viu instrumentos legais para barrar a sessão. “Ausência de requisitos inconstitucionais e legais para o processamento válido desta ação”, escreveu a ministra.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) acusam Flordelis de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, executado com mais de 30 tiros em junho de 2019.
Para a deputada ter o mandato cassado, serão necessários, pelo menos, 257 votos — a maioria absoluta dos parlamentares. Ela, que nega participação no crime, entrou com um mandado de segurança no STF para tentar impedir a votação.
Flordelis não pôde ser presa por causa da imunidade parlamentar — quando somente flagrantes de crimes inafiançáveis são passíveis de prisão.
O inquérito concluiu que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família. O pastor controlava todo o dinheiro do Ministério Flordelis, hoje rebatizado de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo.