STF homologa delação “monstruosa” de ex-governador de Mato Grosso
Silval Barbosa (PMDB) está preso sob acusação de liderar um esquema de recebimento de propina em troca da concessão de incentivos fiscais
atualizado
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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quarta-feira (9/8) a delação premiada do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB). Além disso, o magistrado manteve o sigilo da colaboração. Na semana passada, ele disse que se tratava de delação “monstruosa”.
Em prisão domiciliar, Silval Barbosa fez delação premiada após ter sido preso na Operação Sodoma em 2015, sob a acusação de liderar um esquema de recebimento de propina em troca da concessão de incentivos fiscais. Na delação, ele faz revelações que têm relação tanto com a Operação Sodoma quanto com a Operação Ararath, na qual também é investigado.
Ao comentar sobre o conteúdo da delação na semana passada, o ministro Luiz Fux gerou grande expectativa quanto ao que pode ser revelado pelo delator. “Essa é monstruosa, depois da Lava Jato é a maior operação. Silval trouxe material, mas não foi homologada ainda”, disse o ministro a jornalistas, ao chegar para a sessão plenária do STF do último dia 2.
Sigilo
Um dos motivos da manutenção do sigilo é porque os conteúdos trazidos por Silval Barbosa poderão motivar novas operações da Polícia Federal no âmbito de investigações existentes ou eventualmente originadas a partir da delação do ex-governador.
Ao comentar sobre o conteúdo da delação, Fux gerou grande expectativa quanto ao que pode ser revelado pelo delator. “Essa é monstruosa, depois da Lava Jato é a maior operação. Silval trouxe material, mas não foi homologada ainda”, classificou o ministro a jornalistas, ao chegar para a sessão plenária do STF do último dia 2.
Nesta quarta-feira, antes da sessão plenária do STF, Fux afirmou que não poderia fazer mais comentários sobre a delação de Barbosa. O ministro já havia homologado a delação premiada de Pedro Nadaf, ex-chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso.
Nadaf contou em recente depoimento ao Ministério Público de Mato Grosso que Silval Barbosa lhe afirmou haver pagado cerca de R$ 50 milhões em propina para conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT).