STF autoriza mandados de prisão contra Cunha e Funaro
A irmã do senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG), a jornalista Andrea Neves, foi presa na manhã desta quinta-feira (18/5)
atualizado
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O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a prisão do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) e do operador financeiro Lucio Bolonha Funaro na Operação Patmos, deflagrada nesta quinta-feira (18/5), em decorrência de fatos revelados na delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Os dois já estão presos. A irmã do senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG), a jornalista Andrea Neves, uma das principais assessoras dele, foi presa nesta manhã.
Além de Andrea, foram presos Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, primo de Aécio; e Mendherson Souza Lima, assessor de Zezé Perrella. Também foram alvos de mandados de prisão Roberta Funaro, irmã do operador de Cunha, o procurador da República Angelo Goulart e o advogado Willer Tomaz. Outro alvo é Altair Alves, considerado braço direito de Cunha.
Na prática, os mandados significam que, se Cunha e Funaro conseguirem habeas corpus para serem soltos pelos crimes que motivaram suas atuais prisões, permanecerão encarcerados.A Polícia Federal e o Ministério Público Federal cumprem mandados no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (18/5). A ação tem autorização do STF, que determinou os afastamentos do tucano do mandato de senador e de Rocha Loures (PMDB-PR) do deputado federal.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF a prisão de Aécio. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, vai submeter a solicitação ao plenário do Supremo. A ação ocorre um dia depois de a delação de Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, revelar que o tucano teria pedido R$ 2 milhões para pagar sua defesa na Lava Jato.