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Stédile diz que Marta Suplicy “não é bem-vinda” de volta ao PT

Esta foi a primeira vez que uma liderança do PT se manifestou publicamente sobre o veto à volta de Marta Suplicy ao partido

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1 de 1 Marta-Suplicy-Marcelo-Camargo-Ag–ncia-Brasil-840×577 - Foto: MARCEL CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fechou a porta para a volta da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT. Em evento realizado neste sábado (14/12/2019), em Guararema (SP), João Pedro Stédile, da coordenação nacional do movimento, manifestou diante de lideranças petistas o descontentamento com uma possível volta de Marta ao partido.

“Marta não é bem-vinda [de volta ao PT]”, resumiu Stédile.

Foi a primeira vez que um líder importante do partido manifestou publicamente o veto à volta de Marta ao PT. O MST é hoje uma das principais forças na base do partido. Na plateia estavam o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos vice-presidentes da legenda, e Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

Marta deixou o PT em 2015 com fortes críticas aos casos de corrupção envolvendo integrantes do partido, revelados nos escândalos do Mensalão e Lava Jato, e se filiou ao MDB. No ano seguinte, a então senadora votou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff e, depois, se incorporou à base de apoio de Michel Temer.

Há alguns meses, no entanto, ela tenta uma reaproximação com a esquerda depois de se desfiliar do MDB. O movimento teve reação positiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em uma entrevista, disse que Marta foi a “melhor prefeita que São Paulo já teve”.

Respaldados por Lula, alguns líderes do PT tentaram articular a volta dela ao partido, mas a hipótese mais provável é que Marta se filie a outra legenda. Lula projeta uma chapa com a ex-prefeita como candidata a vice de Fernando Haddad.

Em jantar com advogados do grupo Prerrogativas, duas semanas atrás, ele disse estar à disposição para cumprir qualquer papel que ajude na formação de uma frente de centro-esquerda capaz de se opor ao governo Jair Bolsonaro.

Segundo João Paulo Rodrigues, que também integra a coordenação nacional do MST, o movimento aceitaria a presença de Marta em uma chapa com Haddad (que também é o preferido dos sem-terra). “Aliança é possível. Já votamos no [Mário] Covas contra o [Paulo] Maluf [na eleição para o governo de São Paulo em 1998], né?”, lembrou o líder sem-terra.

O veto do movimento a Marta aconteceu durante o encontro de fim de ano dos amigos do MST na Escola Nacional de Formação Florestan Fernandes, em Guararema (SP).

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