“Sou testemunha viva da política criminosa da Prevent”, diz paciente à CPI
Tadeu Frederico de Andrade relata ter sobrevivido graças à família, que não aceitou as políticas supostamente impostas pela operadora
atualizado
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Em oitiva na CPI da Covid-19, Tadeu Frederico de Andrade, paciente da Prevent Senior, afirmou ser “testemunha viva da política criminosa” da operadora de plano de saúde. O advogado é um dos depoentes presentes em sessão nesta quinta-feira (7/10) para denunciar a conduta da empresa no tratamento de beneficiários.
Andrade relata ter sobrevivido graças à família, que não aceitou as políticas supostamente impostas pela operadora. “Minha família lutou contra essa poderosa corporação chamada Prevent Senior. Lutaram para que eu não viesse a óbito, não aceitaram a imposição dos chamados cuidados paliativos”, disse.
O advogado alega que os cuidados paliativos configuram “prática usada pela Prevent Senior para eliminar pacientes e alto custo”. “Tive uma maravilhosa chance por ter sobrevivido, por isso, não posso me omitir: tenho que denunciar os gravíssimos fatos que eu e minha família vivemos”, prosseguiu.
Após ter procurado os senadores para relatar supostas irregularidades cometidas pela Prevent Senior, Andrade foi convocado a depor. Infectado pela Covid-19 e beneficiário do plano de saúde, o advogado narra ter sido medicado com kit Covid — conjunto de fármacos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.
Devido à piora no quadro clínico, Andrade precisou ser internado em unidade de terapia intensiva (UTI). O paciente relatou que, após um mês na UTI, a equipe da operadora, segundo ele, tentou tirá-lo da internação para “economizar custos, colocando-o sob cuidados paliativos”.
Recuperado, ele denunciou a Prevent Senior à CPI da Covid e ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), que investiga, paralelamente ao colegiado do Senado Federal, a ação do plano de saúde durante a crise sanitária.