“Sou favorável ao atendimento precoce pelo médico”, diz Franco à CPI
Ex-secretário do Ministério da Saúde defendeu a autonomia do médico para prescrever medicamentos na modalidade off-label
atualizado
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O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco disse, nesta quarta-feira (9/6), que a pasta “nunca tratou da tese da imunidade de rebanho por exposição ao novo coronavírus. Ele defendeu, porém, a autonomia do médico para prescrever medicamentos off-label a pacientes da Covid-19.
A Franco, o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou sua posição sobre o chamado tratamento precoce. “Nossa gestão defendia atendimento precoce do paciente com medicamento que médico julgasse oportuno”, enfatizou.
“Tratamento precoce é a melhor medida preventiva para qualquer morbidade, para qualquer doença, seja câncer, seja doença de pele, é a melhor solução partirmos para uma identificação e iniciarmos o tratamento desde que identificado”, prosseguiu.
Ele afirmou que é “favorável ao atendimento precoce pelo médico”. “Nossa gestão do MS defendia o atendimento precoce do paciente, com o medicamento que o médico julgar oportuno dentro da sua autonomia. Se ele usar um off-label, que ele faça o esclarecimento ao paciente”, reiterou.
Franco também se mostrou favorável à adoção de demais medidas de proteção contra a disseminação do vírus. “Deixei claro que o isolamento e essas medidas de prevenção mais restritivas se adequam à preparação e à estruturação da rede de atenção à saúde”, disse.
Élcio Franco foi o braço direito do ex-ministro Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde entre junho de 2020 e março de 2021.
A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.