“Soldado é soldado”, diz Bolsonaro sobre visita a monumento soviético
Presidente foi chamado de “comunista” nas redes sociais depois de prestar uma homenagem no Monumento do Soldado Desconhecido
atualizado
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Após ter prestado homenagem no Monumento do Soldado Desconhecido, em Moscou, na Rússia, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se justificou afirmando que o marco “é para relembrar as perdas humanas da URSS durante a Segunda Guerra Mundial”.
A União Soviética, da qual a Rússia fez parte, era comandada pelo Partido Comunista. Os soldados homenageados no marco, inaugurado no fim da década de 1960, eram o braço armado do comunismo e lutavam contra o avanço do nazifascismo na Europa.
Nas redes sociais, a visita ao túmulo fez Bolsonaro, que é crítico contumaz do comunismo, ser alvo de memes que o chamavam de “comunista”.
Em publicação no Facebook na manhã desta quinta-feira (17/2), Bolsonaro escreveu que “soldado é simplesmente soldado”. A publicação foi acompanhada de um vídeo do momento da homenagem.
A ida ao túmulo é praxe em visitais oficiais de chefes de Estado à Rússia. Angela Merkel, da Alemanha, país derrotado na Segunda Guerra, levou flores ao memorial, em 2015.
Outros presidentes brasileiros que foram a Moscou, como Michel Temer, também visitaram o túmulo.
O evento ocorreu no Jardim de Alexandre, localizado em frente ao hotel Four Seasons, no centro da capital russa, onde Bolsonaro e parte da comitiva brasileira ficaram hospedados na cidade.
Durante a cerimônia, o presidente deixou uma coroa montada com flores e folhas verdes, azuis e amarelas, cores da Bandeira do Brasil. O Hino Nacional brasileiro foi tocado por uma banda de militares russos.
Sem máscara de proteção, Bolsonaro chegou ao local pouco antes das 9h, horário local, acompanhado de ministros e diplomatas. Entre eles, o embaixador do Brasil na Rússia, Rodrigo Baena Soares.
A cerimônia durou menos de 10 minutos. Logo após, o presidente voltou a pé ao hotel e subiu para o quarto. Na sequência, ele foi ao Kremlin para uma reunião com o presidente da Rússia, Vladmir Putin.