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Sócio diz que Yacows trabalhou para Bolsonaro, Haddad e Meirelles

Lindolfo Alves Neto foi ouvido pela CPI das Fake News nesta quarta-feira (19/02/2020)

atualizado

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Geraldo Magela/Agência Senado
CPMI – Fake News – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
1 de 1 CPMI – Fake News – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News nesta quarta-feira (19/02/2020), o sócio-proprietário da empresa Yacows Lindolfo Antônio Alves Neto afirmou que prestou serviços para agências que trabalharam nas campanhas dos candidatos à presidência em 2018 Jair Bolsonaro (sem partido) e Fernando Haddad (PT).

No caso do presidente Bolsonaro, a empresa em questão é a AM4. Já no de Haddad, o dono da Yacows afirmou que prestava, em 2018, serviços a uma agência que, segundo “acredita”, teria trabalhado na campanha do petista.

Neto, no entanto, não sobre precisar o nome da agência e disse que, “diretamente”, o petista não o contratou: “Indiretamente, sim”.

O proprietário da Yacows indicou que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) também contratou o serviço de disparo de mensagens durante as últimas eleições presidenciais.

Antes de o empresário afirmar que trabalhou para a AM4, ele foi pressionado por deputados de oposição e teve início um bate-boca entre parlamentares petistas e Éder Mauro (PSD-PA), que acusou os colegas de quererem “induzir” uma resposta de Lindolfo. Em seguida, a comissão mudou o rumo das perguntas.

A Yacows é uma das empresas investigadas pelo envio em massa de mensagens via WhatsApp no último pleito eleitoral. Na semana passada, Hans River, ex-funcionário deles, causou polêmica ao mentir à CPMI e acusar a jornalista da Folha de S.Paulo Patrícia Campos Mello de se insinuar sexualmente a ele em troca de informações. River move um processo trabalhista contra a Yacows.

A jornalista publicou uma série de reportagens sobre o disparo de mensagens durante o processo eleitoral, com uso fraudulento de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e nomes de idosos no registro de chips telefônicos. A matéria foi baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em entrevistas com Hans.

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