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Bolsonaro diz que não vai entregar celular: “Só se fosse um rato”

Em entrevista, o presidente disse acreditar que PGR não dará andamento ao pedido e criticou Celso de Mello

atualizado

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Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou, nesta sexta-feira (22/05), a notícia-crime, feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, em que é pedida a apreensão de seu telefone, dizendo que só o entregaria o celular “se fosse um rato”.

“Um ministro querer o telefone por causa de fake news? Tá de brincadeira comigo. No meu entender, eu nem devia ter enviado esse pedido. Só se fosse um rato para entregar o telefone”, afirmou ele, em entrevista à rádio Jovem Pan.

Para o presidente, o ministro Celso de Mello sequer deveria ter enviado as notícias-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR), como é de praxe. “Ele podia ignorar, não tem prazo. Não sou diferente de ninguém, a lei me atinge, mas eu sou presidente da República.”

Bolsonaro também disse crer que o titular da PGR, Augusto Aras, não vai dar procedência ao pedido de apreensão, e mencionou o fato de ele ter indicado o procurador para o cargo.

“Eu tenho certeza, eu que indiquei o PGR, tem sua independência, assim tem agido o Dr. Aras, eu acredito que o parecer dele vai ser para que isso não seja concedido”. Cabe a Augusto Aras avaliar a procedência dos pedidos e decidir se instaura procedimento criminal.

Celso de Mello enviou, além desta notícia-crime, outras duas à PGR — todas envolvendo as acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, de que Bolsonaro queria interferir na pasta e na Polícia Federal (PF). Uma das medidas sugeridas é apreensão do celular de Bolsonaro e do filho dele, o vereador pelo Rio de Janeiro (RJ), Carlos Bolsonaro (PSC).

Celso de Mello

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, enviou ofício à Procuradoria-Geral da República (PGR) com três notícias-crimes contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na noite de quinta-feira (21/05). O aviso foi enviado antes da divulgação dos vídeos da reunião ministerial de 22 de abril.

Os despachos enviados nessa quinta-feira (21/05) foram apresentados por partidos e parlamentares ao ministro do STF. Eles pedem desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF).

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Ministro Celso de Mello se aposentou no STF em outubro de 2020. Ele estava na Corte desde 1989, quando foi nomeado pelo então presidente José Sarney
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Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília

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Ministro Celso de Mello se aposentou no STF em outubro de 2020. Ele estava na Corte desde 1989, quando foi nomeado pelo então presidente José Sarney

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Plenário do Supremo Tribunal Federal

Carlos Moura/SCO/STF
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Fachada do STF

Vinícius Santa Rosa/ Metrópoles

Entre as medidas apresentadas, está a apreensão dos celulares do presidente Jair Bolsonaro e de um dos filhos dele, o vereador Carlos Bolsonaro. É solicitado ainda o depoimento do chefe do Executivo sobre o caso.

Celso de Mello enviou os casos para análise do procurador-geral da República, Augusto Aras, que é responsável por analisar e decidir sobre os pedidos apresentados.

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