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Só quatro ministros da equipe original permanecem no governo Bolsonaro

Apenas Paulo Guedes, Bento Albuquerque, Wagner Rosário e Augusto Heleno se mantêm desde janeiro de 2019

atualizado

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Esplanada dos Ministérios
1 de 1 Esplanada dos Ministérios - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Com as trocas formalizadas na Esplanada de Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (31/3), apenas quatro ministros da configuração original do governo se mantêm.

São eles: Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Nesta quinta, nove ministros foram exonerados para concorrer nas eleições de outubro. A saída deles será formalizada em uma cerimônia no Palácio do Planalto, prevista para as 10h.

Ao longo dos três anos e três meses de mandato, Bolsonaro fez trocas por razões diversas. O primeiro ministro a cair foi Gustavo Bebianno, em fevereiro de 2019. Ele morreu em março de 2020.

Em seguida, Bolsonaro fez rearranjos na Esplanada para abrigar mais militares, trazendo os generais Walter Braga Netto, em fevereiro de 2020, e Luiz Eduardo Ramos, em março de 2021.

Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) saíram em meio à pandemia, ao longo de 2020, após sucessivos desentendimentos e trocas de acusações com o presidente.

Já Marcelo Álvaro Antonio (Turismo) e Eduardo Pazuello (Saúde) deixaram os respectivos postos entre os anos de 2020 e 2021, após denúncias de corrupção respingarem sobre eles.

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Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março de 2022
Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), vai disputar uma vaga de senadora pelo Distrito Federal
Flávia Arruda (PL), que comandava a Secretaria de Governo, deixou o cargo para concorrer às eleições como senadora pelo DF
Gilson Machado: aliado de Bolsonaro comandou o Ministério do Turismo
Outro nome que deixou o primeiro escalão o cargo foi João Roma (Republicanos). Ele saiu do Ministério da Cidadania para concorrer ao governo da Bahia (BA)
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Agência Brasil
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Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março de 2022

Igo Estrela/Metrópoles
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Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), vai disputar uma vaga de senadora pelo Distrito Federal

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Flávia Arruda (PL), que comandava a Secretaria de Governo, deixou o cargo para concorrer às eleições como senadora pelo DF

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Gilson Machado: aliado de Bolsonaro comandou o Ministério do Turismo

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Outro nome que deixou o primeiro escalão o cargo foi João Roma (Republicanos). Ele saiu do Ministério da Cidadania para concorrer ao governo da Bahia (BA)

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Marcos Pontes seria o favorito, no PL, para a disputa em São Paulo

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Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do Trabalho e Previdência, também deixou o governo Bolsonaro para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul (RS)

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Rogério Marinho foi derrotado por Rodrigo Pacheco à presidência do Senado

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Ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (Republicanos) disputará o governo de SP

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Tereza Cristina, ex-chefe do Ministério da Agricultura, lançou sua candidatura para concorrer a uma vaga no Senado pelo estado do Mato Grosso do Sul

Divulgação/MAPA

Outros, como Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), saíram do governo em 2021, após acumularem polêmicas e se indisporem com alas pragmáticas do governo.

Na Educação, houve quatro trocas, a última com a demissão do pastor Milton Ribeiro, na última semana, que não resistiu a pressões após denúncias de influência de pastores evangélicos na destinação de verbas da pasta.

Eleições 2022

Com a saída de nove ministros para concorrer ao pleito de 2022, as pastas serão assumidas por secretários-executivos ou outros servidores internos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) havia adiantado a estratégia de indicar como substitutos nomes técnicos, em uma chamada “solução caseira” para o resto do ano.

Veja abaixo quem são os substitutos:

  1. Agricultura — Tereza Cristina será substituída por Marcos Montes, atual secretário-executivo da pasta;
  2. Desenvolvimento Regional — Rogério Marinho será substituído por Daniel Ferreira, atual secretário-executivo da pasta;
  3. Cidadania — João Roma será substituído por Ronaldo Bento, atual chefe de Assuntos Estratégicos da pasta;
  4. Ciência e Tecnologia — Marcos Pontes será substituído por Paulo Alvim, atual secretário de Empreendedorismo e Inovação;
  5. Mulher, Família e Direitos Humanos — Damares Alves será substituída por Cristiane Britto, atual secretária nacional de Políticas para Mulheres;
  6. Infraestrutura — Tarcísio Gomes de Freitas será substituído por Marcelo Sampaio Cunha Filho, atual secretário-executivo da pasta;
  7. Secretaria de Governo — Flávia Arruda será substituída por Célio Faria Júnior, atual chefe de gabinete do presidente Jair Bolsonaro;
  8. Trabalho e Previdência — Onyx Lorenzoni será substituído por José Carlos Oliveira, atual presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e
  9. Turismo — Gilson Machado será substituído por Carlos Brito, atual presidente da Embratur.

 

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