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Situação na Rússia não deve piorar até viagem de Bolsonaro, diz Mourão

Rússia enfrenta escalada na tensão com a Ucrânia. Viagem presidencial a Moscou está agendada para meados de fevereiro

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Presidente Jair Bolsonaro e Vice-presidente Hamilton Mourão
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e Vice-presidente Hamilton Mourão - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), não considera que a tensão entre a Rússia e a Ucrânia vá piorar a ponto de exigir o cancelamento da viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. A declaração foi dada nesta segunda-feira (31/1).

A viagem está oficialmente marcada para a semana de 14 a 17 de fevereiro, mas auxiliares do Palácio do Planalto e integrantes do Itamaraty avaliam reservadamente que o país europeu poderá cancelar a visita em razão da crise na região.

“Eu não acho que vai piorar daqui pra lá, né? Não acho que a Rússia vá tomar uma atitude de invadir”, avaliou Mourão nesta segunda ao ser questionado sobre possibilidade de cancelamento da agenda bilateral.

“A Rússia está fazendo uma pressão. É uma das formas de você buscar intervir em algum assunto fazer uma manobra militar é o que ela está fazendo”, prosseguiu ele.

O vice-presidente ainda defendeu a relação internacional entre o Brasil e a Rússia, que integram o Brics (grupo econômico composto também por Índia, China e África do Sul) e afirmou que o país não pode abrir mão dessa relação.

“Nós estamos afastados desse conflito, não é? Mas há algumas pressões de alguns outros países aqui que estão mais envolvidos. Mas vamos lembrar: o Brasil faz parte de um grupo com a Rússia que são os Brics, além de nós termos uma parceria com a Rússia. É um país importante pra que a gente tenha negócios e nós não podemos abrir mão disso aí. Agora, sempre buscando manter esses nossos princípios fundamentais que estão previstos inclusive na nossa Constituição”, analisou.

Mourão disse ainda que o Brasil sempre vai procurar “a saída diplomática buscando a linha de ação realista”.

A tensão entre Rússia e Ucrânia – que se estende desde 2014 – vem ganhando força nas últimas semanas. Nações ocidentais acusam o Kremlin de querer invadir a Ucrânia. Os Estados Unidos têm cobrado o Brasil a adotar uma postura contra uma eventual ofensiva russa na Ucrânia.

Viagem marcada desde dezembro

Bolsonaro aceitou o convite do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para visitar o país em dezembro de 2021. No último dia 19, Bolsonaro disse que tem ciência do problema que a Rússia enfrenta, mas ressaltou que o país é parceiro do Brasil.

“A Rússia é parceiro nosso, temos compra de fertilizantes, entre outras coisas. Então, é uma viagem que interessa para nós e para eles.”

Na semana passada, Bolsonaro disse que a viagem vai buscar “melhores entendimentos” e “melhores relações comerciais”. Ao responder a um apoiador, que questionou e o líder russo era “gente da gente”, Bolsonaro disse que Putin é “conservador, sim”.

Há ainda uma previsão de ida de Bolsonaro à Hungria para encontro com o líder ultranacionalista Viktor Orbán.

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