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Silvio Almeida: ministério indicava rejeição de auxílio a indígenas

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida disse que pasta fez levantamento inicial das omissões do governo passado

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra Silvio Almeida toma posse como ministro dos Direitos Humanos - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, disse na manhã desta sexta-feira (3/2), que, com base na apuração da nova equipe do ministério, surgiu a suspeita de que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu uma “antipolítica” em relação à promoção de políticas para os povos Yanomami.

“Recomendações foram dadas ao governo, por meio de notas técnicas. Essas notas técnicas recomendavam ao governo, à época, que rejeitasse projetos de lei que determinavam o envio de Auxílio Emergencial aos indígenas Yanomami, leitos de UTI, vacina e alimentação”, explicou o ministro, em entrevista à GloboNews.

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Militar em atendimento a criança indígena
Voluntários da Associação Urihi Yanomami resgata criança indígena yanomani em maca vítima de desnetruição no norte do país. Ao fundo, é possível ver avião sobrevoando terreno - Metrópoles
Governo federal decretou estado de emergência em terra indígena Yanomami
Mais de 10 mil crianças indígenas ficaram desassistidas por conta de esquema de corrupção
Relatos indicam que crianças expeliram vermes pela boca
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Criança yanomami sendo atendida por uma médica do SUS, em janeiro

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Militar em atendimento a criança indígena

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Voluntários da Associação Urihi Yanomami resgata criança indígena yanomani em maca vítima de desnetruição no norte do país. Ao fundo, é possível ver avião sobrevoando terreno - Metrópoles

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Governo federal decretou estado de emergência em terra indígena Yanomami

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Mais de 10 mil crianças indígenas ficaram desassistidas por conta de esquema de corrupção

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Relatos indicam que crianças expeliram vermes pela boca

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“As notas técnicas recomendavam que o governo vetasse, dizendo que projetos de lei não eram necessários, porque o trabalho estava sendo feito. Notas técnicas de números 24, 31 e 75. Isso é público, está no sistema e vai constar no relatório”, disse o ministro sobre o levantamento que a pasta está fazendo para ser entregue posteriormente às autoridades competentes.

O ministro, em sua explanação, salientou que as ministras que estiveram a frente da pasta, anteriormente nomeada de Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, promoveram uma “antipolítica” e desmontaram a estrutura administrativa da pasta.

“No governo anterior, não houve só um descaso, mas houve uma política deliberada de destruição de todo o aparato protetivo dos cidadãos. Ou seja, houve uma antipolítica de direitos humanos. É mais grave ainda. No último mês, eu fiquei tentando reconstruir a capacidade administrativa do ministério. Colhemos informações que demonstram que houve omissão deliberada, dolosa em relação a essa situação”, argumentou.

Relatório

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) divulgou, na segunda-feira (30/1), o levantamento inicial das omissões do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, pasta do governo de Jair Bolsonaro (PL) que era ligada à área. Foram identificados sete processos administrativos sem resposta.

O levantamento foi encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a fim de que os fatos sejam investigados. A iniciativa também implicará na responsabilização de agentes que promoveram ações deliberadas contra a dignidade humana na gestão passada.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania aponta que o MMFDH ignorou a denúncia de primeira morte por Covid-19 entre os Yanomami, sugeriu veto à obrigação do fornecimento de água e equipamentos básicos durante a pandemia além de ter negado planejamento assistencial em favor de crianças e adolescentes indígenas.

Entre os processos levantados pelo MDHC constam, ainda, negativa de assistência humanitária ao governador do Estado de Roraima e a suspensão de policiamento ostensivo em favor do indígena Davi Kopenawa, integrante do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos da pasta, expondo-o a atentado em novembro de 2022.

Veja o documento na íntegra:

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