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“Sigo como um soldado pronto para a batalha”, diz ex-ministro do Turismo

Marcelo Álvaro Antonio deixou a pasta após desentendimentos com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos

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Presidente Jair Bolsonaro e o ex ministro Marcelo Álvaro Antônio durante Posse do novo ministro do turismo, Gilson Machado durante evento no planalto 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o ex ministro Marcelo Álvaro Antônio durante Posse do novo ministro do turismo, Gilson Machado durante evento no planalto 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antonio disse, nesta quinta-feira (17/12), em cerimônia de posse do sucessor, que voltará à Câmara dos Deputados para ajudar o governo federal. “Eu sigo como um soldado pronto para a batalha onde quer que ela aconteça”, afirmou o parlamentar, reeleito em 2018 para um segundo mandato pelo PSL de Minas Gerais.

Álvaro Antonio também classificou a relação com o Congresso, enquanto esteve na pasta do Turismo, como “muito profícua”. No discurso, ele também ressaltou as realizações de sua gestão. “As realizações do Turismo entre 2019 e 2020 são incomparáveis com todos os governos passados”, defendeu ele.

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Jair Bolsonaro
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Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto (PSC-PE)

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Ele sobreviveu a acusações de que patrocinara candidaturas laranjas nas eleições de 2018, a um indiciamento da Polícia Federal e à denúncia do Ministério Público de Minas Gerais por envolvimento no esquema

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Anunciado na semana passada, Gilson Machado tomou posse nesta quinta como novo ministro do Turismo. Ele assume no lugar de Marcelo Álvaro Antonio, que deixou o cargo após desentendimentos com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.

“Hoje é um dia muito importante da minha vida. Jamais imaginei que poderia um dia alçar ao posto de ministro do Turismo. Isso só foi possível, meu querido amigo Onyx, porque o senhor me deu essa oportunidade”, afirmou Álvaro.

Ao seu sucessor, o ex-ministro desejou sorte e sucesso: “Gilson, por onde você passou é reconhecida a sua capacidade, o seu comprometimento, a sua paixão pelo turismo”. Álvaro Antônio esteve no cargo por pouco mais de 1 ano e 11 meses, tendo ingressado no governo em 1º de janeiro de 2019.

Em mensagem em um grupo de WhatsApp que reúne ministros do governo Bolsonaro, Álvaro Antônio acusava o colega chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, de ataques “sem parar” a conservadores, “de forma covarde”.

Estava inconformado com o que identificava como movimentos do general da reserva para tirá-lo do cargo na reforma ministerial que vem sendo gestada na Planalto para o próximo ano. Leia a íntegra aqui.

Denúncia por candidaturas-laranja

Em 2019, o Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou Álvaro Antônio por crimes envolvendo candidaturas-laranja do PSL em 2018. O indiciamento do ministro pela Polícia Federal ocorreu devido ao crime eleitoral de omissão na prestação de contas, e também em razão do crime de associação criminosa.

Pela investigação, o partido inscreveu candidatas sem a intenção de que elas fossem, de fato, eleitas. Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que pelo menos 30% dos recursos do fundo eleitoral devem ser destinados a candidaturas femininas.

Marcelo Álvaro Antônio é citado em depoimentos na investigação sobre o uso de candidaturas de mulheres na eleição de 2018 para desvio da verba eleitoral no estado.

Segundo inquérito da PF, ele “era e ainda é o ‘dono’ do PSL mineiro”. À época dos crimes apontados, Marcelo era o presidente estadual do PSL, partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.

No indiciamento, a PF afirma que o então presidente do PSL em Minas “possuía o total domínio do fato, controle pleno da situação, com poder de decidir a continuidade ou interrupção do repasse de recursos do fundo partidário”.

Desde o início da investigações, Álvaro Antônio nega as acusações.

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