Servidora diz à CPI que apontou falhas da Covaxin em junho
Regina Célia disse ter entregado documento à Secretaria de Vigilância Sanitária em um momento, e aos secretários, em outro
atualizado
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A servidora Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato da vacina Covaxin no Ministério da Saúde, afirmou, nesta terça-feira (6/7), que elaborou um relatório apontando as falhas do documento em junho. O acordo com a empresa foi assinado em 25 de fevereiro.
A depoente relatou que a empresa Precisa Medicamentos, intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e a pasta federal, apresentou um cronograma de entrega, o qual ela não considerou previsível, visto que a entrega estaria condicionada à licença de importação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Veja como foi:
Segundo Regina Célia, a empresa teria enviado ofício dizendo que não teria condições de informar o cronograma de entrega antes da avaliação da Anvisa, que estava prevista para junho.
“Elaborei o relatório apontando total descumprimento do contrato e submetendo aos secretários para decisão quanto à permanência da negociação, uma vez que o cronograma estava totalmente descumprido”, afirmou Regina Célia à CPI da Covid.
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que a servidora só elaborou o relatório agora, em junho, após as denúncias virem à tona. “Não importa, senador”, declarou Regina Célia. “Claro que importa, servidora”, devolveu Aziz.
Antes, a servidora disse que emitiu um relatório apontando o descumprimento do contrato e o submeteu à Secretaria de Vigilância em Saúde. Contudo, nenhuma providência foi tomada.
Regina Célia foi citada pelo servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, como a pessoa responsável por autorizar a sequência da negociação do contrato com a Covaxin, mesmo com suspeitas de irregularidades.