Senadores miram responsável por bloquear servidor do sistema da Saúde
CPI da Covid quer saber de quem partiu a ordem para impedir o acesso de Luis Ricardo Miranda no SEI após denúncias sobre a Covaxin
atualizado
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A CPI da Covid-19 aprovou, nesta quinta-feira (15/7), requerimento de informação questionando ao Ministério da Saúdede de quem teria partido a decisão de bloquear o servidor Luis Ricardo Miranda do sistema da pasta.
O requerimento é de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O parlamentar defende que Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), é “testemunha protegida” pela comissão. Os irmãos prestaram depoimento ao colegiado e denunciaram irregularidades no processo de aquisição da vacina indiana Covaxin.
Luis Ricardo Miranda é servidor concursado do Ministério da Saúde, e, em 27 de junho, teve o acesso bloqueado a um sistema interno de informações da pasta conhecido como SEI. Essa plataforma centraliza a gestão de processos e relatórios eletrônicos, incluindo o acesso a documentos institucionais.
Luis Ricardo foi ouvido pelo Ministério Público Federal (MPF) como parte de um inquérito que investiga um suposto favorecimento na negociação das vacinas. Ele relatou ter sofrido pressão atípica de superiores para acelerar a importação da Covaxin.
De acordo com Miranda, o governo federal ignorou incoerências no processo de aquisição da Covaxin que poderiam apontar para a compra de imunizantes superfaturados contra a Covid-19.
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) alegou ter levado o caso diretamente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não determinou investigação sobre o caso. O congressista afirma que o irmão foi bloqueado por “perseguição”.