Senadores governistas cobram de Alcolumbre sabatina de André Mendonça
O Supremo Tribunal Federal (STF) está com um ministro a menos, depois do último dia 12 de julho, quando Marco Aurélio Mello se aposentou
atualizado
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Senadores governistas cobraram, nesta terça-feira (24/8), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que marque a sabatina do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou Mendonça à Corte no último dia 13 de julho, após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. A sabatina do candidato “terrivelmente envagélico” ainda não foi agendada. Indicado posteriormente para a recondução ao cargo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, foi sabatinado – e aprovado – nesta terça.
“A CCJ tem que andar, a fila tem que andar. Não pode colocar hoje na CCJ um ‘tranca rua’. Ou aprova ou desaprova. O ministro André [Mendonça] é um homem extremamente religioso, mas não é Jesus para ficar nessa Via Sacra”, disse o senador Telmário Mota (Pros-RR).
O senador Carlos Viana (PSD-MG) criticou Alcolumbre por supostamente “fazer manobra política usando o Senado da República” ao não marcar a sabatina de Mendonça. “Fomos eleitos para ser voz, e não eco de nenhum tipo de manobra”, reclamou.
A bancada do PL, formada pelos senadores Jorginho Mello (SC), Welligton Fagundes (MT), Romário Faria (RJ) e Carlos Portinho (RJ), protocolou uma mensagem pedindo que a sabatina seja agendada, “tendo em vista que o egrégio STF encontra-se desfalcado de um membro ministro desde o dia 12 de julho de 2021”.
Antes de iniciar a sessão desta terça, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, ao ser questionado sobre a marcação da sabatina, que a mensagem já foi despachada para a CCJ e cabe a Alcolumbre designar a data para a apreciação.