Senadores fazem acordo para acelerar depoimentos do impeachment
Após o depoimento da primeira testemunha, os parlamentares não fizeram questionamentos para o segundo convidado, Luiz Antonio de Souza Cordeiro, secretário de Organização Institucional do Ministério da Defesa
atualizado
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Os senadores da base do governo e da oposição fizeram um acordo de procedimento para acelerar os depoimentos das testemunhas na Comissão Especial do Impeachment nessa quarta-feira (22/6).
Após o depoimento da primeira testemunha, os parlamentares não fizeram questionamentos para o segundo convidado, Luiz Antonio de Souza Cordeiro, secretário de Organização Institucional do Ministério da Defesa. Apenas a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) questionou a testemunha e o interrogatório teve tempo recorde, de 25 minutos.Acordo semelhante de procedimento para acelerar a sessão foi feito pelos senadores na reunião dessa terça-feira (21), no período da noite.
Mesmo com interrogatório breve, Souza Cordeiro teve tempo suficiente para defender a edição de decreto de créditos suplementares. De acordo com a testemunha, não houve aumento de gastos e sim remanejamento. O secretário da Defesa justificou que os decretos são necessários para não paralisar a pasta.
“Impedir a edição dos decretos atrapalharia muito a execução. Temos uma demanda muito grande e temos limites. Precisamos ter mais flexibilidade naquele projeto que está mais acelerado, por exemplo. O pedido de crédito suplementar e remanejamento dos recursos é muito importante”, defendeu.
Em seguida, os senadores optaram por fazer uma pausa para o almoço. A reunião da comissão está suspensa e o colegiado volta ao trabalho às 15h.
O depoimento da primeira testemunha, o coordenador-geral de Tecnologia e Informação da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), Robson Azevedo Rung, durou aproximadamente duas horas. O interrogatório, entretanto, acabou se transformando em tribuna política.
O senador Álvaro Dias (PV-PR), assim como Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment, acusaram a presidente afastada Dilma Rousseff de “estelionato eleitoral” e “maquiagem de contas” em 2014. Lindbergh Farias (PT-RJ) saiu em defesa de Dilma e argumentou que o processo se limitava a 2015.