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Senadores do Podemos repudiam ideia de CPI contra Sergio Moro

Parlamentares divulgaram nota em que defendem o pré-candidato. Moro pode ser investigado por trabalho para consultoria dos EUA

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Brasília (DF), 10/11/21. Filiação de Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça, ao Podemos
1 de 1 Brasília (DF), 10/11/21. Filiação de Sérgio Moro, ex-ministro da Justiça, ao Podemos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Senadores do Podemos divulgaram nota em que repudiam o movimento pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro. O trabalho do ex-juiz da Lava Jato para a consultoria norte-americana Alvarez & Marsal está na mira do Tribunal de Contas da União (TCU), que na sexta-feira (21/1) retirou o sigilo dos documentos do processo.

Os parlamentares do Podemos afirmam que a “tentativa nefasta” de autoridades “atingidas pela Lava Jato” teria o objetivo de prejudicar a pré-candidatura de Moro. Criar uma CPI para investigar o serviço prestado para uma empresa privada dos Estados Unidos seria, na palavra do grupo, uma “ofensa à sociedade”.

Assinam o comunicado Álvaro Dias, líder do Podemos, e os senadores Eduardo Girão, Flávio Arns, Jorge Kajuru, Lasier Martins, Marcos do Val, Oiovisto Guimarães, Reguffe e Styvenson Valentim.

Veja a nota completa:

“A bancada do Podemos repudia a tentativa nefasta de autoridades, parlamentares e partidos atingidos pela Lava Jata de prejudicar a pré-candidatura de Sergio Moro.

A criação de uma CPI para investigar o contrato de trabalho de um cidadão brasileiro com uma empresa privada nos Estados Unidos é uma ofensa à sociedade, que espera ver no Parlamento debates e providências que melhorem a vida das pessoas, e não que sirvam de palanque político-eleitoral para um projeto de vingança ao juíz que prendeu corruptos.

Mas o Brasil do bem saberá se vingar nas urnas”.

Fila de CPIs

Segundo informou, no sábado (22/1), o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, afirmou que o partido avalia pedir uma CPI para investigar o trabalho de Sergio Moro para a consultoria Alvarez & Marsal. Integrantes do Centrão também consideram apoiar a investigação sobre.

A consultoria recebeu 78% de seus honorários de empresas que foram alvo da Lava Jato, operação que Moro comandava quando era juiz. Dos R$ 83,5 milhões auferidos pela Alvarez em processos de recuperação judicial e falência, R$ 65,1 milhões vieram de firmas investigadas na operação.

Porém, um eventual “consórcio” entre PT, Centrão e Planalto para tentar abrir uma CPI com o objetivo de investigar Sergio Moro e sua relação e ganhos com a consutoria Alvarez & Marsal, em tese, terá que esperar. E, se seguir a ordem de pedidos de CPI cadastrados na Câmara, nem deve ser instalada neste ano eleitoral.

Na gaveta de Lira

Há nove pedidos de CPI “aguardando despacho do presidente da Câmara dos Deputados”. Ou seja, estão à mercê da boa vontade de Arthur Lira (PP-AL), um aliado de Jair Bolsonaro, arqui-inimigo de Moro. São requerimentos de 2019, parados na mesa do presidente.

Uma delas, de 2019, já tem até Moro como alvo. Esse pedido de CPI foi assinado por oito deputados da partidos de esquerda e quer investigar a troca de mensagens entre o ex-juiz, quando está na Vara Federal de Curitiba, com integrantes do Ministério Público do Paraná, reveladas pelo site The Intercept.

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