Senadores anti-Renan lançarão candidaturas e tentarão voto aberto
Houve tentativa frustrada de afunilar grupo em torno de uma só candidatura. Todos lançarão candidatura
atualizado
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Sete candidatos à Presidência do Senado se reuniram na tarde desta quinta-feira (30/1), véspera da eleição, para tentar definir uma só candidatura contrária ao do emedebista Renan Calheiros (AL). Mesmo unidos em torno do objetivo de derrotar o senador alagoano, o grupo não conseguiu um acordo.
No encontro, realizado no gabinete que pertenceu ao ex-senador Eduardo Suplicy (PT), os parlamentares decidiram que lançarão todos os nomes em uma estratégia para levar a votação ao segundo turno.
Além disso, eles vão defender em conjunto a adoção do voto aberto, apesar do que diz o Regimento Interno da Casa, avalizado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de que a votação deve ser feita por meio de voto secreto.
Participaram da reunião os candidatos Major Olímpio (PSL-SP), David Alcolumbre (PDT-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Álvaro Dias (Podemos-PR), Coronel Ângelo (PSD-BA), Esperidião Amin (PP-SC) e Reguffe (Sem partido-DF). Também estiveram presentes à reunião, o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) e Eduardo Girão (Pros-CE).
“O resultado dessa reunião foi que todos amanhã defenderão o voto aberto e a votação em dois turnos. Vai ser a primeira questão de ordem, pedindo voto nominal. Todos aqui assumiram esse compromisso”, contou o senador Reguffe (DF).
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que disputa com Renan dentro da bancada do MDB a indicação para se candidatar também esteve presente ao encontro, mas não opinou na estratégia desenhada pelo grupo.
A decisão dos senadores promete trazer momentos de tensão para a eleição do Senado, que ocorre em clima de intensa disputa e pulverização das bancadas. Caso o presidente da sessão não acate a questão de ordem a ser levantada pelos senadores contrários a Renan Calheiros, a ideia é recorrer ao plenário e levar a decisão para o voto.