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Senador pede ao TCU que apure retificação da exoneração de Weintraub

Ex-ministro da Educação é suspeito de usar passaporte diplomático para driblar restrições a brasileiros ao se mudar para os Estados Unidos

atualizado

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André Borges/ Especial para o Metrópoles
Abraham Weintraub franze os olhos
1 de 1 Abraham Weintraub franze os olhos - Foto: André Borges/ Especial para o Metrópoles

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou, nesta terça-feira (23/06), uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar a data da exoneração do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Weintraub deixou o Ministério da Educação na última quinta-feira (18/06) anunciando que se mudaria para os Estados Unidos, onde pode assumir uma diretoria no Banco Mundial.

Dois dias depois, antes mesmo de sua exoneração ter sido publicada, ele já havia deixado o Brasil, e conseguiu desembarcar mesmo com as restrições impostas pelo governo de Donald Trump a brasileiros por causa da pandemia do novo coronavírus.

Nesta terça-feira (19/06), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retificou a exoneração de Weintraub no Diário Oficial da União (DOU), mudando a data de 20 para 19 de junho. Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência anunciou, nesta terça-feira, que Weintraub só solicitou formalmente sua demissão depois de deixar o país, pedindo que a exoneração fosse retroativa ao dia 19.

Para Contarato, “tem-se um cenário de evidente ilegalidade e violação aos preceitos que regem a Administração Pública, em que os órgãos envolvidos não esclarecem questões fundamentais para apuração de responsabilidade, especialmente a finalidade da viagem e o eventual uso do passaporte diplomático com fins privados”.

Ele acrescenta, ainda, que o próprio ministro afirmou ter tido a ajuda de “dezenas de pessoas” para ir aos EUA, “indicando uso indevido do aparato estatal com desvio de finalidade”, na sua avaliação.

Weintraub, demitido após uma série de polêmicas envolvendo principalmente o Supremo Tribunal Federal (STF), é alvo de ao menos dois inquéritos na Suprema Corte: o que apura a disseminação de fake news e outro sobre racismo contra chineses.

Por causa da polêmica envolvendo a saída de Weintraub do país, o subprocurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado também procurou o TCU para que a Corte apure se houve participação irregular do Itamaraty na viagem dele.

Representação Contarato no TCU – Weintraub by Bruna Aidar on Scribd

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Ele assumiu o lugar de Ricardo Vélez, em 2019
O ministro foi alvo de críticas por causa de cortes em bolsas de pesquisa
Ele é um forte aliado do presidente Jair Bolsonaro
A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"
Remanescentes do acampamento Agro se encontram com o  então ministro da Educação, Abraham Weintraub
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Abraham Weintraub deixou o MEC

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Ele assumiu o lugar de Ricardo Vélez, em 2019

Gabriel Jabur/MEC
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O ministro foi alvo de críticas por causa de cortes em bolsas de pesquisa

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Ele é um forte aliado do presidente Jair Bolsonaro

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A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"

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Remanescentes do acampamento Agro se encontram com o então ministro da Educação, Abraham Weintraub

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Weintraub, na Esplanada, sem a máscara. Nesse dia, ele foi multado em R$ 2 mil pelo GDF

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Ministério da Educação recebeu o auto de infração contra Weintraub no dia 15 de junho

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A permanência de Weintraub no MEC ficou insustentável após os ataques que ele fez aos ministros do STF, a quem chamou de "vagabundos"

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Após saída do governo, Weintraub foi indicado para o Banco Mundial

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Weintraub é investigado no Inquérito das Fake News no STF

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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, irmão de Arthur, também está morando fora do Brasil, após ser indicado para diretoria do Banco Mundial

Luciano Freire/MEC

 

 

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