Senador do dinheiro nas nádegas, Chico Rodrigues solta nota: “Lar invadido”
Vice-líder do governo Bolsonaro no Senado foi alvo de uma operação de busca e apreensão da PF por suspeita de desvio de recursos da saúde
atualizado
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O vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que teria sido flagrado pela Polícia Federal durante operação de busca e apreensão, nesta quarta-feira (14/10), com dinheiro escondido entre as nádegas, limitou-se a soltar comunicado em que diz acreditar “na justiça dos homens e na justiça divina”.
Rodrigues disse que teve o “lar invadido” pelos investigadores pelo simples fato de feito o trabalho como parlamentar, levando recursos para o combate à Covid-19 na saúde do estado.
“Estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado”, afirmou o senador.
“Tenho um passado limpo e uma vida decente. Nunca me envolvi em escândalos de nenhum porte. Se houve processos contra minha pessoa no passado, foram provados na justiça que sou inocente”, acrescentou.
O parlamentar foi revistado em operação da PF deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) na manhã desta quarta. Os mandados foram cumpridos em Boa Vista, capital de Roraima.
Chico Rodrigues é suspeito de supostamente promover desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia da Covid-19.
Operação Desvid-19
O parlamentar está na mira da Operação Desvid-19, que investiga um esquema de desvio de aproximadamente R$ 20 milhões em emendas parlamentares destinados à Secretaria de Saúde de Roraima para o combate do novo coronavírus. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.
“Na vida pública é assim, e, ao logo dos meus 30 anos dentro da política, conheci muita gente mal intencionada com o intuito de macular minha imagem, ainda mais em um período eleitoral conturbado, como está sendo o pleito em nossa capital”, defendeu-se.
O parlamentar disse ainda que não trabalha no Executivo, não é ordenador de despesas e, como legislador, faz a parte dele, “trazendo recursos para que Roraima se desenvolva. Que a justiça seja feita e que, se houver algum culpado, que seja punido nos rigores da lei”.