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Senador apresenta oitavo pedido de impeachment contra Bolsonaro

Parlamentar petista acusa presidente de ataques a jornalista e uso eleitoral das estruturas oficiais

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1 de 1 imagem colorida senador jean paul prates, indicado à petrobras - Metrópoles - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O líder da minoria no Senado Federal, senador Jean Paul Prates (PT-RN), afirmou que apresentará na sexta-feira (9/9) novos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o parlamentar, ele encaminhará ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dois documentos: um que trata sobre os ataques feitos à jornalista Vera Magalhães e outro que acusa o chefe do Executivo de fazer uso indevido de estruturas oficiais para fins “eleitoreiros”.

Com os novos encaminhamentos, o senador acumula oito pedidos de impeachment. Segundo ele, os pedidos são um reflexo da gestão do presidente.

“Não é porque nós queremos [fazer um novo pedido] é porque o presidente comete crimes em série. Nós queremos registrar historicamente quantos crimes de responsabilidades que o presidente comete por semana. Então, toda semana nós fazemos um balanço e entramos no pedido impeachment correspondente”, justificou.

Em uma das peças a serem apresentadas, o congressista citará o uso do palanque oficial promovido pelas forças armadas para a promoção da campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro durante bicentenário da independência comemorado em Brasília. Segundo ele, “o que aconteceu foi uma comício, uma celebração individualista pessoal sobretudo eleitoreira com estrutura pública, com estrutura forças armadas, ou seja, com a estrutura oficial”.

Em outro documento, Paul Prates mencionará a jornalista Vera Magalhães, que se tornou alvo de ataques após questionar o presidente primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República na Band sobre vacinação e ser ofendida por ele durante a resposta.

Na ocasião, Vera perguntou sobre a diminuição da cobertura vacinal no país. “Vera, não podia esperar outra coisa de você. Eu acho que você dorme pensando em mim, tem uma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como essa, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disparou o mandatário.

Segundo o líder da minoria, a reação do presidente foi se encaixa no crime da responsabilidade previsto na Constituição.

Outro episódio que será citado pelo senador é sobre a fala de Bolsonaro, também do debate, sobre o presidente do Chile, Gabriel Boric. O chefe do Executivo o acusou de “queimar o metrô” e participar de “atos terroristas”.

O presidente acha que a constituição tem quatro linhas, e eu acho que ela tem muito mais do que isso. Talvez seja o problema seja esse, porque ele tem que ler o resto da constituição. Ele só leu até a quarta linha”, disse o senador. 

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