Senado vota instauração do processo de impeachment contra Dilma
Às 5h55 desta quinta-feira (12/5), o relator Antonio Anastasia terminou seu pronunciamento. Dessa forma, foram 51 os senadores que falaram a favor do impeachment e 20 contra. Collor foi o único a não revelar posicionamento
atualizado
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Por volta das 5h45 desta desta quinta-feira (12/5), o relator da Comissão de Impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), começou a ler ser voto, favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Antes dele, 50 parlamentares anunciaram que também votariam contra a petista. Apenas 20 disseram que apoiariam a atual presidente da República. Fernando Collor (PTB-AL) foi o único a não revelar como se posicionaria.
Depois de Anastasia, foi a vez do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que foi enfático: “Não existe crime de responsabilidade”. Às 6h16, Cardozo terminou seu discurso, antes da votação por meio do painel eletrônico. Renan não conseguiu cumprir seu cronograma de concluir a análise do caso até as 22h. Ao todo, a sessão ultrapassou 20 horas de duração.
Por volta das 3h da madrugada desta quinta-feira (12/5), a maioria dos senadores declarou ser favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Numa sessão que já durava 17 horas, parlamentares defenderam haver motivos para instaurar o processo de impeachment contra a petista, medida que levará o vice-presidente Michel Temer a assumir o comando do país por, pelo menos, 180 dias. Será nesse período em que o Senado deverá julgar se Dilma cometeu crime de responsabilidade.
Coube a manifestação de voto do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a formação de uma maioria. Até às 3h, 39 dos 55 senadores haviam se manifestado contra a presidente em plenário. Como são 77 senadores aptos a votar, já havia uma maioria prevista, conforme o anúncio dos votos nos discursos. Ao todo, 71 parlamentares haviam se inscrito para falar.
Quatro dos 81 senadores não participam da votação: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA) e a cadeira que está em aberto com a cassação, na terça (10), de Delcídio do Amaral (sem partido-MS).
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