metropoles.com

Senado vai votar projeto sobre rol taxativo da ANS ainda em agosto

Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu, porém, que proposta seja debatida em sessão especial

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
plenário senado
1 de 1 plenário senado - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

Em acordo com líderes, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta terça-feira (9/8), que a Casa votará o Projeto de Lei 2.033/2022 em 29 de agosto. A proposta altera a legislação vigente para estabelecer hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar.

A matéria foi aprovada em regime de urgência pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (3/8). Antes de levá-la à votação em plenário, Pacheco defende que seja realizada uma sessão de debates temáticos, no dia 23 de agosto, para debater o projeto que trata do rol taxativo da Agência Nacional de Saúde (ANS). O senador Romário (PL-RJ) está designado como relator.

Na Câmara, a votação aconteceu de forma simbólica. Apenas o partido Novo se colocou contra a proposta. A aprovação veio quase dois meses depois que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em junho, tornar taxativo o rol de procedimentos a serem cobertos pelos planos de saúde no Brasil.

Essa decisão do STJ fez com que somente tratamentos previstos pela ANS tivessem cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Pacientes que têm seus tratamentos, exames e cirurgias garantidos por meio de liminares da Justiça podem ter esse direito questionado. E as futuras necessidades que usuários venham a ter fora da lista serão ainda mais difíceis de serem respeitadas em uma eventual guerra judicial.

Já o projeto aprovado nesta quarta teve elaboração de um grupo de trabalho criado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

O texto determina que, caso um tratamento não seja parte do rol da ANS, o plano deverá cobri-lo se houver comprovação da eficácia por evidências científicas e plano terapêutico; recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS; e recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus órgãos nacionais.

A proposta ainda define que as operadoras se sujeitem à lei de proteção do consumidor além de à Lei de Planos.

Decisão do STJ

No dia 8 de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o rol de procedimentos da ANS seria taxativo. Ou seja, a cobertura dos planos de saúde se restringe somente a procedimentos previstos em uma lista já definida.

Em contrapartida, o rol exemplificativo facilitaria cobrança a planos de saúde para técnicas novas ou procedimentos inovadores que surjam com a evolução da medicina. Ou seja, rol taxativo dificulta cobrança sobre planos de saúde por tratamentos extras.

Antes, se um paciente precisasse de algum procedimento que não estava na lista, deveria recorrer à Justiça. No geral, magistrados entendiam que o rol era exemplificativo e dava ganho de causa ao recorrente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?