Senado: tendo governo Lula como alvo, Moro integrará comissão mais importante
Ex-juiz e ex-desafeto de Bolsonaro, Moro emplacou várias comissões, entre elas a de Constituição, Justiça e Cidadania
atualizado
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Algoz do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato, o ex-juiz, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR) emplacou a titularidade em algumas das comissões mais relevantes do Senado, como a de Constituição e Justiça (CCJ), o colegiado temático mais importante e disputado da Casa. Moro, que se empenhou na campanha do ex-desafeto Bolsonaro, promete não dar trégua ao governo petista. “Temos que exigir do governo integridade”, diz.
O ex-juiz, que se autoelogia como “referência em assuntos de combate à corrupção, à criminalidade e ao crime organizado”, destaca, em nota, que “conquistou espaço para aprofundar a discussão nesses temas”.
O bloco Democracia, composto pelo União Brasil, MDB, Podemos, PDT, PSDB e Rede, o indicou como titular das comissões de Segurança Pública (CSP), de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC).
Bolsonarista, mesmo sendo integrante do União, legenda da base governista, Moro também está na suplência em comissões que debatem assuntos que são “bandeiras de seu mandato”: Comissão de Assuntos Econômicos (CAE); Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).
Mundo globalizado
“É importante participar das comissões porque são nelas que os projetos iniciam. Então a Comissão de Constituição e Justiça analisa a constitucionalidade. É uma das comissões mais importantes aqui do Senado Federal. As outras comissões são temáticas, com considerações direcionadas ao conteúdo dos projetos”, disse Moro.
“Além disso, consegui uma posição em comissões em que os temas são muito pertinentes e importantes para o meu mandato, como a Comissão de Assuntos Econômicos – tema central nos próximos anos; Comissão de Agricultura, sendo o agro a força do país, particularmente no Paraná e; Relações Exteriores, pois estamos em um mundo cada vez mais globalizado”, afirmou o senador. “O ano legislativo, de certa maneira, está apenas começando e agora vou poder discutir com meus pares todos esses temas”, concluiu.