Senado: Pacheco barra Damares em comissão que apura tragédia Yanomami
Senadora chegou a participar informalmente da reunião do colegiado e colocou o nome à disposição para uma das vagas restantes
atualizado
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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) teve candidatura barrada à Comissão Temporária Externa para acompanhar a crise humanitária Yanomami no Senado Federal. A decisão de rejeitar o nome da ex-ministra da Mulher e Direitos Humanos partiu do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Damares chegou, inclusive, a participar informalmente da reunião do colegiado na última semana e colocou o nome à disposição para uma das vagas restantes.
O Metrópoles apurou que a justificativa dado por Pacheco para a recusa pelo nome da parlamentar foi técnica, uma vez que o também ex-ministro e senador eleito Marcos Pontes (PL-SP) apresentou a candidatura primeiro. Sendo assim, o presidente optou pela precedência.
Há, ainda, o impacto político da indicação de Damares para o colegiado. O presidente do Senado avaliou que a ida da ex-ministra para a comissão poderia tensionar as atividades, provocando embates com senadores mais alinhados ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, recentemente, a ex-ministra foi alvo de pedido de cassação do PSol por suposta responsabilidade na tragédia humanitária, enquanto chefiava a pasta da Mulher e Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Além de Pontes, integrarão a comissão as senadoras Leila Barros (PDT-DF) e Zenaide Maia (PSD-RN).