metropoles.com

Senado esperará calendário da Câmara para decidir se apoia PEC

Líderes se reuniram nesta terça-feira (26) para tentar acordo sobre propostas do Congresso. Por ora, Senado não abrirá mão do projeto de lei

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcos Oliveira/Agência Senado
imagem colorida mostra plenário do senado federal - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra plenário do senado federal - Metrópoles - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A maioria dos líderes partidários do Congresso decidiram nesta terça-feira (26/11/2019) esperar que a Câmara dos Deputados divulgue um calendário com prazos para aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que tramita na Casa, o que deve ocorrer na próxima semana.

Depois que divulgado o calendário é que o Senado Federal decidirá se apoia ou não a proposta. Com isso, a Casa Alta não abrirá mão do projeto de lei que aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). De acordo com a presidente do colegiado, senadora Simone Tebet (MDB-MS), na próxima quarta-feira (4/12/2019), às 10h, será realizada uma audiência pública para debater a pauta.

A declaração foi feita após reunião de líderes convocada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para tentar um acordo acerca das propostas que tramitam no Congresso sobre a prisão após condenação em segunda instância. Também participaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e outros 19 deputados e 26 senadores.

“Sem um calendário específico, dia para começar e terminar, o Senado não poderia fechar questão”, disse Tebet.

“Até semana que vem, Câmara e Senado continuam avançando os projetos. Estou marcando para quarta-feira audiência pública, com a presença do ministro Moro, e teremos condições de nos posicionar a respeito do posicionamento do Senado”, acrescentou a presidente da CCJ.

“O Senado aguarda a manifestação desse calendário para que a gente possa também estabelecer a linha de atuação”, afirmou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Por enquanto, segundo Alcolumbre, a exemplo da reforma da Previdência, o Senado vai criar uma comissão especial para acompanhar o trabalho dos deputados.

A proposta dos deputados foi aprovada na semana passada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 50 votos favoráveis e 12 contra (veja no fim da reportagem). Agora, o texto será analisado por uma comissão especial, criada na semana passada, para que a Câmara possa avaliar o mérito (conteúdo) da proposta.

Propostas em discussão
No Senado, a mudança na Constituição é proposta por meio de um projeto de lei (PLS 166/2018). O texto, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos-RS), propõe que seja alterado o artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP).

Pelo projeto, que ainda precisa ser votado na CCJ, a prisão poderá ocorrer após um órgão colegiado determinar uma condenação criminal. Na prática, será permitido que um tribunal de segunda instância autorize a prisão logo após a condenação.

A proposta foi feita por meio de um projeto de lei porque há o entendimento na Casa de que a pauta seria aprovada com mais facilidade no plenário, por exigir apenas maioria simples, ou seja, o apoio de 41 senadores. Por outro lado, a pauta, se apresentada por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), exigiria o apoio mínimo de 49 parlamentares e votação em dois turnos.

Já na Câmara dos Deputados, a tramitação está mais avançada. Na semana passada, a CCJ da Casa aprovou, por 50 votos a 12, a PEC 410/2018, que altera os artigos 102 e 105 da Constituição, acabando com os recursos especiais e extraordinários para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Com isso, o réu só poderá recorrer até a segunda instância e, depois, o processo passa a transitar em julgado. O réu até poderá recorrer ao STF ou STJ, mas por meio de uma nova ação, questionando pontos formais da sentença.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?