Senado elege o presidente nesta quarta (1º/2). Conheça os candidatos
A bancada do PMDB oficializou por aclamação, na manhã desta terça-feira (31), a candidatura de Eunício Oliveira (CE) à presidência
atualizado
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A eleição para presidente do Senado está prevista para esta quarta-feira (1º/2) e as inscrições para vaga são permitidas até o início da sessão, marcado para as 16h. A tendência é que dois candidatos disputem o cargo: Eunício Oliveira (PMDB-CE) e José Medeiros (PSD-MT).
A bancada do PMDB decidiu na manhã desta terça-feira (31), por aclamação, oficializar a candidatura de Eunício Oliveira e a escolha do ex-presidente Renan Calheiros (AL) para liderar a bancada na Casa. A reunião ocorre na residência oficial de Renan para definição de outros cargos da Mesa Diretora — e das presidências das Comissões.
Conheça um pouco mais sobre cada candidato:
Eunício Oliveira
Favorito para ficar com a vaga, o peemedebista conta com o apoio de seus correligionários — o PMDB tem 19 senadores — e de partidos da base aliada. Tradicionalmente, o partido com a maior bancada da Casa consegue emplacar o presidente.
Líder do PMDB, Eunício é senador desde 2011. Antes, havia sido deputado federal em três legislaturas (de 1999 a 2010). Na Câmara, ele foi líder do PMDB entre 2003 e 2004 e vice-líder do partido em diversas oportunidades. Em 2004, foi ministro das Comunicações, cargo que ocupou até 2005.
Faltando um dia para as eleições, Eunício ainda não lançou oficialmente a campanha para presidente do Senado. Ou seja, ele ainda não tem uma plataforma e não se pronunciou sobre o que deseja fazer quando assumir o cargo.
José Medeiros
O anúncio da candidatura de José Medeiros foi feito em 19 de janeiro, mesmo dia do acidente que matou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Naquela data, Medeiros chamou mais atenção por uma postagem no Twitter do que pelo anúncio da candidatura.
Ele soube, em primeira mão, que Teori poderia estar entre as vítimas do acidente e publicou o seguinte: “Não vou antecipar furo porque não sou jornalista mas o Jornal Nacional hoje trará uma bomba de forte impacto no Brasil, envolvendo STF”. Horas depois, a morte do ministro foi confirmada.
Se o dia do anúncio da candidatura foi bombástico, o mesmo não se pode dizer da candidatura em si. Sem o apoio da maioria dos senadores, Medeiros faz campanha pela democracia. “Um grupo de senadores colocou uma candidatura à presidência do Senado porque só tinha uma. A gente sente que o anseio das ruas é que o Senado seja radicalmente democrático. E para fazer democracia é preciso fazer uma eleição”, afirmou em vídeo publicado na sua página do Facebook.Medeiros tem uma curta trajetória no Senado. Ele era suplente do então senador Pedro Taques e chegou à Casa depois que o titular venceu a disputa para o governo de Mato Grosso, em 2015. No ano passado, depois que Temer assumiu a Presidência da República, Medeiros se tornou vice-líder do governo na Casa. Entre as comissões que Medeiros participou está a do impeachment de Dilma Rousseff.
Impasse
Às vésperas da eleição para a Mesa Diretora, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) procurou integrantes da bancada do PT para tentar viabilizar uma candidatura à presidência do Senado. As sondagens do peemedebista ocorrem no momento em que os senadores petistas decidiram não apoiar para o cargo o atual líder do PMDB na Casa, Eunício Oliveira (CE), favorito ao posto.
Eunício, tratado como o candidato principal do PMDB e com apoio da cúpula do partido, ainda não confirmou sua candidatura. Requião, por sua vez, articula uma candidatura alternativa ao da cúpula da legenda, que, por ter a maior bancada, tem o direito de lançar o nome para a sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL). (Com informações da Agência Estado)