Senado deve afastar Dilma Rousseff da Presidência nesta quarta (11/5)
A sessão que pode deixar a pestista longe do Planalto por 180 dias está marcada para começar às 9h e a previsão é que entre madrugada adentro
atualizado
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Nesta quarta-feira (11/5), a partir das 9h, a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do Palácio do Planalto ficará mais próxima a cada minuto. O próprio governo jogou a toalha, e a oposição já dá como certo que o Senado votará pelo afastamento da petista.
Caso se confirme a expectativa, Dilma será afastada da Presidência da República por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumirá o cargo.Para que isso ocorra, é preciso que o Senado decida por maioria simples, o que equivale a metade mais um dos presentes na sessão.
O quórum mínimo é de 41 parlamentares, mas o plenário deve ficar cheio, no entanto, há uma expectativa de que entre quatro e sete senadores (do total de 81) não votem. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não participa da votação.
A sessão está prevista para começar às 9h. Cada parlamentar terá 15 minutos para discursar. Caso todos os 81 senadores queiram falar, os debates podem durar mais de 20 horas. Ainda estão programados dois intervalos de uma hora cada, a partir das 13h e das 19h.
Mesmo assim, Renan Calheiros está otimista. O senador alagoano acredita que a sessão será encerrada às 22h.
O rito
A comunicação do afastamento de Dilma, se aprovado, será feita pessoalmente pelo primeiro-secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO). Se isso ocorrer, Temer assumirá automaticamente, sem direito à cerimônia de posse.
A expectativa é de que a notificação da presidente ocorra ainda na quarta-feira à noite, se a votação seguir o cronograma previsto por Renan, ou na quinta-feira pela manhã.
Outra mudança é na presidência das sessões do impeachment. Renan Calheiros sai de cena e quem assumirá o comando das discussões passa a ser o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Caso seja afastada, Dilma poderá continuar no Palácio do Alvorada. A expectativa é de que o local vire um gabinete de crise, no qual a presidente vai despachar para tentar reverter o quadro.
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