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Senado aprova Ailton de Aquino, primeiro negro na diretoria do BC

O advogado Ailton de Aquino, servidor do Banco Central (BC) há 25 anos, vai assumir a Diretoria de Fiscalização

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1 de 1 04_07_2023_11_50_15 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (4/7), Ailton de Aquino para a Diretoria de Fiscalização. No Banco Central (BC) há 25 anos, Aquino será o primeiro negro a assumir uma diretoria na instituição.

Ele recebeu 42 votos favoráveis e 10 contrários. Houve uma abstenção. Dos 81 senadores, 53 votaram.

Aquino e Gabriel Galípolo, aprovado minutos antes para a Diretoria de Política Monetária, são os primeiros nomes indicados pelo terceiro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Banco Central.

Os indicados pelo petista vão se juntar a outros seis diretores e ao presidente Roberto Campos Neto nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa básica de juros, a Selic.

Pela manhã, os dois foram sabatinados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) — veja destaques abaixo.

Com o aval do Senado, as nomeações deverão sair no Diário Oficial da União (DOU) nos próximos dias. Em seguida, tomarão posse de seus cargos.

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O diretor de Política Montéria do Banco Central, Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo foi indicado à Diretoria de Política Monetária do BC
Gabriel Galípolo
Ailton de Aquino, indicado à Diretoria de Fiscalização
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Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do ministro Fernando Haddad

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O diretor de Política Montéria do Banco Central, Gabriel Galípolo

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Gabriel Galípolo foi indicado à Diretoria de Política Monetária do BC

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Ailton de Aquino, indicado à Diretoria de Fiscalização

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Aquino é servidor do BC desde 1998

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Ailton de Aquino assumiu a Diretoria de Fiscalização

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Sabatina de indicados ao Banco Central (BC)

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Senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE

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Senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado

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Servidor do Banco Central desde 1998, o advogado Ailton de Aquino exerceu diversas funções na instituição. Ao ser sabatinado pelo Senado, ele defendeu a melhoria na comunicação do BC para a sociedade, que classificou como “hermética”, e a realização de concursos públicos para ampliar o quadro funcional do órgão.

Ailton Aquino é formado em ciências contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e em direito pelo Centro Universitário do Distrito Federal (UDF).

Ele possui MBA em contabilidade internacional pelo Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças; especialização em engenharia econômica de negócios pelo Fundação Visconde de Cairu; e especialização em direito público pela Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central.

Autonomia do BC

Na sabatina, os dois indicados falaram sobre a autonomia do BC, aprovada por lei em 2021. Galípolo frisou que foi determinada autonomia técnica e operacional e disse que “é óbvio que é o poder eleito democraticamente, na vontade das urnas, que determina qual é o destino econômico da nossa sociedade”.

“Não cabe aos diretores do Banco Central opinar ou dar qualquer tipo de diretriz sobre isso. A gente acata a legislação”, afirmou Galípolo.

Aquino disse que, como servidor de carreira, deixa a defesa da decisão política do Congresso. “Temos que respeitar e nos curvar ao que está na lei”, salientou.

A nova legislação fixou mandatos fixos de quatro anos para os diretores e o presidente do BC, que não coincidem com os mandatos do presidente da República. Indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto é o primeiro presidente da instituição não indicado pelo presidente da República de turno.

“Círculo virtuoso”

Ailton de Aquino citou em sua apresentação as alterações recentes nas expectativas de mercado, como o aumento na expectativa de crescimento do PIB e a queda na inflação projetada para o ano. “Percebo o advento de tempos melhores.”

“Esses movimentos demonstram o grau de confiança dos agentes econômicos e da população na gestão econômica do atual governo. Enfim, estou confiante de que estamos entrando num círculo virtuoso e que o Banco Central contribuirá na consolidação de um cenário mais alvissareiro para a economia e para a sociedade como um todo”, concluiu ele.

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