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Senado aceita pedido de impeachment e Dilma é afastada com 55 votos

A presidente ficará fora do cargo por até 180 dias. Sessão durou 21 horas

atualizado

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1 de 1 painel - Foto: Rafaela Fellicciano/Metrópoles

Exatamente às 6h33 desta quinta-feira (12/5), o Senado Federal decidiu, por 55 votos, dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Entre os presentes, 22 senadores se posicionaram contra a admissibilidade da ação.

Com a decisão, a presidente Dilma Rousseff será afastada do cargo por até 180 dias, e o vice Michel Temer assume a Presidência da República. O ato será confirmado no momento em que a petista for notificada, o que está previsto para a manhã desta quinta 12/5).

A sessão que afastou Dilma Rousseff durou 21 horas. Coube a manifestação de voto do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a formação de uma maioria. Por volta das 3 da manhã, 39 dos 55 senadores haviam se manifestado contra a presidente em plenário.

Quatro de 81 senadores não participaram da votação: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Jader Barbalho (PMDB-PA), além de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que teve o mandato cassado na terça (10).

Pronunciamentos
Ao todo, 71 senadores discursaram na tribuna do Senado Federal. Um dos pronunciamentos mais aguardados foi o de Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Ele, que se tornou o primeiro presidente do Brasil a sofrer o processo de impeachment, em 1992, usou o espaço para se defender das acusações, 24 anos depois.

“Saí do poder sem ter cometido qualquer crime”, declarou Collor. O alagoano também questionou a “lentidão” do processo contra Dilma. “O rito é o mesmo, mas o rigor, não”, opinou o parlamentar.

Por volta das 5h45, o relator da Comissão de Impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), começou a ler seu voto, favorável ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Rafaela Fellicciano/Metrópoles
José Eduardo Cardozo defendeu a presidente Dilma

Encerrando a sessão de debates, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez a defesa da presidente. Repetindo argumentos usados desde as discussões da Câmara dos Deputados, o ministro alegou que não houve crime de responsabilidade por parte de Dilma Rousseff. “Os fatos foram encaixados, não para se chegar a um resultado objetivo, mas para criar um fato político”, afirmou.

“O impeachment sob essas acusações tornaria o Brasil a maior República das Bananas da história”, atacou Cardozo.

Bancada do DF
Os três senadores do Distrito Federal — Cristovam Buarque (PPS), José Antonio Reguffe (sem partido) e Hélio José (PMDB) — votaram pela admissibilidade do processo de impeachment de Dilma.

Cristovam, no entanto, disse que será preciso explicar à nação, durante a fase de julgamento, qual foi o crime de responsabilidade cometido pela presidente. “É para evitar o cheiro de golpe”, justificou o senador.

Dilma vai falar
Dilma deve falar à imprensa, nesta quinta (12), às 10h, no salão leste do Palácio do Planalto. A assessoria dela ainda confirmou que a presidente gravou um vídeo para comentar a decisão. O vídeo será disponibilizado nas redes sociais após a fala da petista.

Sessão
O plenário do Senado Federal deu início à sessão extraordinária às 9h54 de quarta (11) — com uma hora de atraso. No início da sessão, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que não votaria e pediu para que os senadores tivessem seriedade: “É difícil admitir que seja uma decisão indolor, mas é preciso que seja uma solução republicana. É isso o que o Brasil espera.” 

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