Sem Temer, candidatura de Meirelles seria “farsa”, diz Moreira Franco
“O primeiro princípio de um candidato crível é ser fiel à sua biografia”, disse o ministro
atualizado
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Para o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, a campanha do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) ao Palácio do Planalto seria “uma farsa” sem a defesa do legado do presidente Michel Temer – cujo governo tem índices de rejeição de aproximadamente 80%, de acordo com pesquisas Datafolha divulgada no início do mês e CNI-Ibope, nesta quinta-feira (28/6).
“Isso é estratégia de comunicação. Obviamente (Meirelles deveria defender legado), porque, se não, seria uma farsa. O primeiro princípio de um candidato crível é ser fiel à sua biografia”, disse Moreira.
Para o ministro, Meirelles ainda pode “adquirir” as características necessárias para conquistar protagonismo na disputa. Estacionado em 1% das intenções de voto, Meirelles tem viajado e conversado com diretórios do MDB para ganhar apoio no próprio partido. No diagnóstico do governo, porém, ele ainda não conseguiu desencarnar do posto de chefe da equipe econômica nem se apresentar como candidato.Segundo Moreira, a definição da candidatura do MDB à Presidência será na convenção nacional – entre o fim de julho e início de agosto. “Meirelles está percorrendo o Brasil inteiro. Aliás, de todos os candidatos ele está mobilizando mais o partido nacionalmente. O partido quer ter candidato. A base quer ter candidato”, disse.
“Disposição”
Para o ministro, os eleitores não veem um caminho confiável, capaz de mobilizar e provocar adesão. O cenário, segundo ele, impõe aos candidatos um “protagonismo que exige uma personalidade de muita disposição”. “O candidato deve se organizar para ser candidato. Na eleição passada tivemos plástica, dentes novos, penteado excepcional, vestuário adequado. Ou seja, isso é fruto desse ambiente de espetacularização”, afirmou, numa referência indireta à presidente cassada Dilma Rousseff (PT), que encabeçou a chapa vencedora e tinha Temer como vice.