Sem mulheres na CPI da Covid, bancada feminina ganha direito de fala
Ficou definido que, a cada lista de inscritos, uma representante será contemplada com o direito de manifestação na Comissão
atualizado
Compartilhar notícia
A bancada feminina do Senado saiu vitoriosa durante a terceira sessão da CPI da Covid, na qual ficou estabelecido que a cada lista de inscritos uma representante da bancada será contemplada com o direito de fala na Comissão, nos modelos de participação presencial ou remoto.
A presidente da bancada feminina, senadora Simone Tebet (MDB-MS), reforçou a decisão das senadoras de sempre terem pelo menos uma delas presencialmente na CPI, além das que estarão participando pelo modo remoto.
“A bancada feminina se faz presente, sim, nesta Comissão, mesmo sem direito a um assento. Não tenham medo da palavra e da fala de uma senadora. Estamos aqui porque nós queremos buscar a verdade”, disse, ressaltando que a bancada é formada por mulheres de diferentes partidos e linhas ideológicas.
A decisão de criar critérios para dar melhor condição de fala às mulheres aconteceu após o colegiado reclamar do fato de não ter nenhuma integrante mulher na composição da CPI. Além disso, mesmo sendo as primeiras a assinarem a lista de inscritos para arguir os convidados, o que ocorre por ordem de chegada, só conquistam o direito à fala após todos os titulares e suplentes se manifestarem.
“Os fatos desta CPI, sabidamente determinados e infelizmente continuados, não são fatos de luz, mas de escuridão, pela perda de mais de 400 mil brasileiros, motivada, em grande parte, pela omissão ou má gestão dos que deveriam cuidar da luz da vida”, acrescentou Simone Tebet.
O presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), encaminhou para colocar fim ao impasse. Ele vai eleger sempre uma representante da bancada de cada uma das listas, presencial ou remota, logo no início dos depoimentos, após as falas do presidente e relator, respectivamente.