Sem máscara, Bolsonaro passeia de moto por Brasília e causa aglomeração
O presidente parou para tirar selfies e não respeitou a orientação de distanciamento social para evitar contágio pela Covid-19
atualizado
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Sem usar máscara e causando aglomeração, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passeou, neste domingo (10/1), de moto, por Brasília, na companhia do assessor especial da Presidência, Sergio Cordeiro.
Bolsonaro foi à Torre de TV Digital, parou num campo de várzea, no Itapoã, e seguiu para um posto de policiamento rodoviário, no Lago Sul, onde ficou acenando para motoristas. O presidente finalizou o passeio na orla da Ponte JK, no setor de Clubes Esportivos Sul.
Em todos os locais, ele tirou fotos com apoiadores. Os seguranças pediram para a imprensa não fazer perguntas. Bolsonaro não as respondeu.
Várzea
Bolsonaro parou em um campo de várzea, onde as equipes América e Paranoano se preparavam para jogar pelo Torneio de Verão 40 Graus, no Itapoã, causando aglomeração.
Motoristas que passavam de carro às margens do campinho se dividiam entre gritos de “mito” e de “assassino”. Uma mulher gritou: “Vou colocar uma máscara nele”.
De lá, o presidente seguiu para um posto de policiamento rodoviário, no Lago Sul. Entrou no batalhão e, depois, ficou acenando aos motoristas na via e tirando fotos.
O passeio terminou na orla da Ponte JK. Apoiadores fizeram fila para tirar fotos com o presidente.
No retorno ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro parou para falar com apoiadores, que foram instalados na área interna.
Até as 13h de sábado (9/1), o país havia registrado 8.075.670 casos e 202.657 mortes por causa da Covid-19, segundo o consórcio de veículos de imprensa, com dados das secretarias estaduais de Saúde.